PREVISÃO DO TEMPO

Você gostou do Blog?

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Aprenda como funciona o Canal do Panamá

Saudações amigos do Impactogeo!!! Já tiveram a curiosidade de saber como funciona o Canal do Panamá? Se a resposta foi positiva, pode ter certeza que suas dúvidas acabaram, pois trouxe um post com uma perfeita explicação sobre o funcionamento desta importante hidrovia que liga o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico.  Curtam bastante e até o próximo post ok. Abraços!!!

O Canal do Panamá é talvez a hidrovia mais importante do mundo, ligando através de 82 km de extensão os oceanos Atlântico e Pacífico.





O canal foi inaugurado em 15 de agosto de 1914 e representou um trunfo estratégico e militar importantíssimo para os Estados Unidos, além de revolucionor os padrões de transporte marítimo na época.

Antes de sua construção, a rota mais rápida para se viajar de barco de Nova York à Califórnia era pelo Cabo Horn, no sul da América do Sul, uma rota longa e perigosa.

Desde sua inauguração, mais de 920 mil viagens foram completadas, com tempo médio de trânsito de 9 horas.


O funcionamento
Para que uma embarcação consiga atravessar os 82 km que separam os dois oceanos é necessário trafegar pelo ístmo do Panamá, a faixa de terra que liga a peninsula ao continente. Devido à topografia da região, é necessário "escalar" 26 metros até atingir o lago Gatún e em seguida, do outro lado, descer novamente até o nível do mar.


Para fazer esse trabalho são usadas as eclusas, diques que se enchem de água e permitem a descida e elevação de embarcações.

O Canal do panamá tem dois grupos de eclusas no lado do Pacífico e um no lado do Atlântico. No lado Atlântico, as portas de aço das eclusas triplas de Gatún têm 21 m de altura e pesam 745 toneladas cada uma.

O lago Gatun, 26 metros acima do nível do mar, é alimentado pelo rio Chagres, onde foi construída uma barragem para a formação do lago.

A imagem abaixo mostra o caminho que um navio faz para atingir o oceano Pacífico, desde sua entrada próximo à cidade de Cólon, do lado do Atlântico.



Ao entrar em uma das eclusas de Gatún a água é bombeada para dentro dos diques, que se enchem e elevam a embarcação até o lago Gatún, 26 metros acima.

O navio segue pelo lago até atingir as eclusas de Pedro Miguel, que se esvaziam até se igualarem ao nível do Lago Miraflores, 16.5 metros acima do nível do mar e 9.5 metros abaixo do nível anterior.

Dentro do lago Miraflores, a embarcação trafega até atingir as eclusas de Miraflores, que reduzem ainda mais o nível da embarcação, até atingir novamente o nível do mar, desta vez próximo à Ciudad de Panamá, capital do país, já do lado do Pacífico.


Veja câmeras ao vivo do Canal do Panamá !

Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/curiosidades.php?posic=dat_20061006-095111.inc

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Tempestade solar deve atingir a Terra até quarta-feira.

Dois eventos solares em andamento devem causar manifestações na alta atmosfera terrestre nas próximas 72 horas. Imagens captadas pelo satélite SOHO mostram um grande buraco coronal no disco solar, além de duas manchas solares de grande porte rotacionando suas faces em direção à Terra.


Dados computados pelo Space Weather Prediction Center, SWPC, órgão ligado à Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA, indicam que existem até 30% de chances de ocorrências de auroras boreais nas latitudes mais elevadas e até 10% de probabilidades nas latitudes médias do planeta. O motivo seria um grande buraco na coroa solar, que sopra partículas eletricamente carregadas em direção à Terra.

Enquanto a maior parte dessas partículas vindas do Sol são bloqueadas ao se chocarem contra a magnetosfera da Terra, outra parte é desviada em direção aos polos. Isso provoca as chamadas auroras boreais, luzes multicoloridas, principalmente esverdeadas, produzidas pela ionização do gás presente na alta atmosfera do planeta.

Apesar do nome remeter à uma possível catástrofe cósmica, os buraco coronais são eventos comuns e consistem de áreas onde a coroa solar é mais escura, fria, e possui densidade de plasma abaixo da média que a região ao redor. Nestas regiões, as linhas do campo magnético, por serem unipolares se estendem indefinitivamente no espaço ao invés de retornarem ao Sol, permitindo que parte do material da coroa vaze. Quando o a face do buraco está voltada em direção à Terra, o material ejetado é soprado em direção ao planeta, em um fenômeno conhecido como "vento solar".

Além do buraco coronal registrado nas imagens do satélite SOHO, a presença de duas manchas na face visível da estrela também deve provocar interferências aqui na Terra.



De acordo com o SWPC, existe até 15% de chances de que essas manchas, batizadas de 1087 e 1088, causem flares solares de Classe M até quarta-feira, dia 14 de julho.

Rajadas (ou flares) dessa categoria são considerado como de média intensidade e provocam fortes perturbações na alta atmosfera terrestre, principalmente a ionosfera, e são responsáveis por provocar blackouts de radiocomunicação que afetam diretamente as regiões polares.

Fotos: No topo, imagem feita pelo Observatório Solar e Heliosférico SOHO no comprimento de onda de 195 Angstroms (ultravioleta) mostra o buraco coronal e as manchas solares 1087 e 1088, como vistas em 12 de julho de 2010. Acima, imagem animada captada pelo mesmo satélite mostra o desenvolvimento das duas mancha solares, que devem provocar tempestades solares de classe M até quarta-feira, dia 14 de julho. Crédito: SOHO/ESA/NASA/APOLO11.COM.

domingo, 11 de julho de 2010

ESPECIAL: CHOQUE DE CIVILIZAÇÕES

Bem amigos do Impactogeo.. (copiei o Galvão Bueno!!)
Estou começando a postar hoje um especial muito interessante elaborado pela Revista Veja sobre o choque entre civilizações no Oriente Médio e no Ocidente. Desde o 11 de Setembro que muitas são as polêmicas que surgem sobre o terrorismo, o imperialismo norte-americano e a posição do mundo a respeito desse tema.
Espero que todos vocês gostem das postagens que virão depois, pois tentei caprichar nesse domingo especial de final do Mundial de Futebol na África do Sul e vou continuar postando com todo carinho para todos que visitam esse blog. Abraço a Todos!!!

                                                                                                                Prof. Joka

CONTEXTO

Nascimento das "guerras santas"
Antecedentes: A luta por espaço e influência vem das Cruzadas

Em meio à luta contra o terror detonada pelo 11 de Setembro, o presidente americano George W. Bush referiu-se à empreitada da coalização ocidental no Oriente Médio e no Afeganistão como uma "cruzada". A declaração tingiu uma batalha legítima contra o radicalismo com cores de anti-islamismo, trazendo à tona lembranças dos mais duros embates entre cristãos e o Oriente Médio, entre Ocidente e o Islã: as Cruzadas da Idade Média. Há um sentido útil nisso, porém: recuar no tempo pode ajudar a compreender a luta por espaço e influência exacerbada a partir do século XI - há 1.000 anos, portanto - quando os primeiro católicos tentaram tomar Jerusalém dos muçulmanos.

Por muito tempo, o Ocidente praticamente não existiu nos pensamentos dos muçulmanos - e não havia mesmo razão para que os orientais se ocupassem dele. Nascido na Península Arábia, o Islã vinha alargando suas fronteiras desde o século VII. Às vezes pelo fio da espada, mas mais freqüentemente pela simples adesão à fé do profeta Maomé. Os muçulmanos estavam estabelecidos no sul da Espanha e na Sicília, de onde os cristãos já começavam a desalojá-los. A leste, haviam englobado uma porção do que antes fora a Cristandade - inclusive Jerusalém, ocupada em 638. Mas as linhas fronteiriças com o mundo cristão eram estáveis. Não havia nelas, no geral, um estado de guerra. Boa parte do crédito cabe ao Islã, que praticava a tolerância religiosa e mantinha Jerusalém aberta "às três fés de Abraão" - o islamismo, o cristianismo e o judaísmo. No século XI, porém, a balança pendeu para o lado do conflito armado. Tribos nômades de turcos seljuk abocanharam toda a Ásia Menor (a moderna Turquia), reduzindo o Império Bizantino quase que só à Grécia e à Constantinopla (hoje Istambul).

O imperador de Bizâncio pediu socorro, e foi ouvido pela Europa. Em 1095, o papa Urbano II atendeu ao apelo do imperador com um chamado para as Cruzadas, estabelecendo as seguintes metas: recuperar os locais sagrados do cristianismo e garantir a passagem de peregrinos para a Terra Santa. Quem tomasse a cruz para socorrer seus irmãos ganharia em troca a salvação. No total, oito Cruzadas se seguiram, entre 1095 e 1291. Elas garantiram a cristão e islâmicos vitórias relativas e derrotas substantivas: estima-se que ao redor de 1 milhão de pessoas morreram de cada lado. Jerusalém passou ao controle provisório dos cristão em períodos desse intervalo, mas, ao final dele, retornou às mãos dos muçulmanos.

No fim do século XIII, o vitorioso foi o Islã, que conseguiu expulsar todos os cruzados de seus domínios. Entretanto, hoje, quase 1.000 anos depois, a sensação que ocidentais e muçulmanos têm é a de que o Islã foi o grande perdedor do movimento deflagrado pelos papas católicos. O enorme poder simbólico das Cruzadas para os árabes do presente foi insuflado com a ajuda decisiva dos próprios colonialistas ocidentais do século XIX, que adoravam usar imagens do período medieval para caracterizar suas conquistas. Ao entrar em Jerusalém pela primeira vez em sete séculos com um exército cristão, em 1917, o general inglês Edmund Allenby teria declarado que "agora, sim, as Cruzadas terminaram". A revista inglesa Punch, então popularíssima, não perdeu tempo em retratá-lo como Ricardo Coração-de-Leão, o maior herói cristão das Cruzadas, numa caricatura célebre - e também das mais ofensivas aos sentimentos árabes. Não é de estranhar, portanto, que os palestinos dos dias de hoje, em guerra pelo território em que cristãos e muçulmanos se enfrentaram há quase 1.000 anos, se vejam como parte desse mesmo conflito.

Hoje, o cristianismo, o islamismo e o judaísmo são religiões globalizadas, cujos seguidores se mostram capazes de conviver de forma pacífica e proveitosa em vários pontos do planeta. Exatamente como em períodos e regiões do passado. Entre o século VIII e o XV, por exemplo, os mouros criaram na Península Ibérica um exemplo não livre de tensão, mas ainda assim florescente, daquilo que o contato entre as civilizações pode produzir: o reino de al-Andalus, que legou para o presente bem mais do que as maravilhas arquitetônicas de Granada, Sevilha e Córdoba, o sabor do gaspacho ou a música e a dança flamencas. Foi por meio da convivência entre muçulmanos, cristãos e judeus em al-Andalus, também, que fincaram pé no continente tradições das quais ninguém sonharia abrir mão, como a diplomacia, a tolerância religiosa, o livre-comércio e a pesquisa acadêmica e científica. Se o mundo medieval foi capaz de 800 anos de relativa harmonia, não há desculpa para que o mundo moderno não se empenhe em restabelecê-la.


O abismo entre dois mundos
Desafio para o Islã e para o Ocidente é conviver com diferenças

Dez charges colocaram o mundo em clima de alerta em 2006. Publicadas num pequeno jornal da pacata Dinamarca no final do ano anterior, as ilustrações representavam a imagem do profeta Maomé - o que não é aceito pela religião islâmica. Seria um episódio breve não tivesse desencadeado uma histérica reação diplomática dos países muçulmanos, boicotes econômicos, multidões enfurecidas e ameaças de morte, que mostraram que o fosso de valores, idéias e hábitos entre o mundo islâmico e o Ocidente se aprofundou perigosamente. Desde a Guerra Fria, não se via com tanta clareza a existência de dois mundos crescentemente hostis e que, rapidamente, esquecem o muito que têm em comum exacerbando o pouco, mas fundamental, que os separa.





CHARGES DA DISCÓRDIA
As três charges fazem parte da série do jornal dinamarquês Jyllands-Posten que provocou revolta no mundo islâmico, por fazer piada com Maomé. Abaixo, à direita, primeira página do jornal francês France Soir, cujo editor foi demitido, com a manchete: "Sim, temos o direito de caricaturar Deus"


O fanatismo religioso tem diminuído as chances de diálogo entre Ocidente e o Islã. O convívio poderia ser harmonioso e mutuamente enriquecedor não fosse o fato de que o poder crescente dos fanáticos esmaga os mais moderados e transigentes. O caso das charges é exemplar por ter colocado em foco alguns dos mais agudos pontos de ruptura entre os dois lados: liberdade de expressão, direitos humanos e o que o americano Samuel P. Huntington, professor de Harvard, chamou de "choque de civilizações". A questão que se coloca atualmente é: a religião do Islã é ou não compatível com a sociedade moderna e secular?




               


Boa parte da incompatibilidade do mundo muçulmano com o Ocidente moderno se explica pela noção de que no Islã político não deve haver separação entre vida pública e vida privada, entre religião e política. O diálogo fica difícil com quem se recusa a aceitar que as escolhas humanas possam estar acima das leis que considera emanadas por seu deus. Do lado ocidental, a invasão do Iraque pelos Estados Unidos, em 2003, parece feita sob medida para reforçar o sentimento generalizado entre os muçulmanos de que o mundo os persegue.

Expressões desse conflito podem ser vistas ainda em outros episódios recentes. De tempos em tempos, os terroristas da Al Qaeda apareceram na televisão com ameaças de novos atentados em sua jihad contra os "cruzados" e judeus. O Irã e seu presidente-bomba ameaçam desenvolver um arsenal nuclear para derrotar o "satã" - sim, o Ocidente e seus valores. Em setembro de 2006, protestos clamando por sangue explodiram em ruas do Oriente Médio depois que o papa Bento XVI fez um simples comentário acerca de um texto medieval que criticava a disposição de Maomé ao conflito. Recuando apenas alguns anos, encontramos a sentença de morte decretada pelo aiatolá Khomeini contra o escritor britânico Salman Rushdie, por considerar o livro Os Versos Satânicos uma "blasfêmia".

Os crimes e as ameaças são, obviamente, obra de fanáticos, mesmo quando ocupam altos cargos em Estados islâmicos. Desde o 11 de Setembro - um divisor de águas da História e outro marco do choque atual -, um esforço enorme é feito por muçulmanos e não-muçulmanos para separar o fanatismo de Osama bin Laden da fé moderada e pacífica da maioria dos muçulmanos. Afinal, ocidentais e islâmicos estão fadados à convivência. A influência do mundo moderno penetra no cotidiano de muçulmanos e vice-versa. Prova disso são os sopros de modernidade que atravessam nações como Líbano e Turquia - ainda que os tropeços ainda sejam graves. Outro exemplo da coexistência é a adaptação de seguidores de Alá residentes nos Estados Unidos e também no Brasil. Só na Europa, vivem mais de 15 milhões de muçulmanos.

O Ocidente olha para o mundo muçulmano com desconfiança. Teme suas encrencas, suas mulheres cobertas de véus e seus homens-bombas. O mundo muçulmano tem sido contaminado, nas últimas décadas, por uma versão fantasiosa do mundo ocidental, divulgada pelos mulás nas mesquitas: um lugar eficiente, mas sem Deus e, portanto, sem alma. Não há nenhuma razão insuperável pela qual muçulmanos e ocidentais não possam conviver pacificamente. Isso exigiria que cada parte examinasse suas idéias sobre a outra. Em especial, contudo, os muçulmanos precisariam encontrar um jeito de se ajustar à vida moderna.



Tropeços e esperança
Perspectivas: Sopro de modernização do Islã é chance de diálogo

Entre bombas e declarações oficiais atravessadas, o Ocidente e os países de maioria islâmica têm ensaiado aproximações. As oportunidades parecem tanto mais promissoras quanto mais livres (ou menos fechadas) são as sociedades sob a lei de Alá. Líbano, Catar e até o Iraque, entre outras nações, foram atravessadas recentemente por sopros de modernidade que incluíram tentativas de democracia. A realidade, sem dúvida, está distante do desejado. Mas a abertura para o diálogo dentro dessas nações e delas com o mundo ainda é a grande esperança para a construção de uma ponte entre os dois mundos.

Antes de ser duramente bombardeados pelos israelenses em agosto de 2006, os libaneses foram às ruas carregando cartazes de líderes ocidentais. O protesto não era contra o presidente americano George W. Bush, o francês Jacques Chirac e o então secretário-geral da ONU, Kofi Annan. Ao contrário, os moradores de Beirute reconheciam a importância daqueles políticos durante as negociações que desaguaram na retirada das tropas sírias do Líbano após quase 30 anos de ocupação. No Catar, pequeno emirado do Golfo Pérsico, o protesto que ganhou as ruas foi em reprovação a um atentado do fanatismo religioso. No Iraque pós-derrubada de Saddam Hussein e pós-eleições para o Parlamento, milhares se dirigiram para a Embaixada da Jordânia, acusada de facilitar a entrada no país das ondas de suicidas que, em nome da guerra aos Estados Unidos, trucidam diariamente civis iraquianos.



As cenas inéditas certamente não significam que o Oriente Médio esteja ingressando em peso numa era democrática. Mas flertando com a democracia com o incentivo do Ocidente, esses países deram vez a vozes que antes eram caladas. E elas resolveram se expressar não por meio de bombas - mas de palavras e de pressão política. As cenas também não significam que os Estados Unidos tenham se tornado um modelo de altruísmo, disposto a espalhar a mensagem democrática em nome da confraternização universal. Os objetivos americanos são conhecidos e permanentes: garantir que o petróleo continue fluindo, que os países do Oriente Médio onde ele jorra como água não sejam engolfados pelo caos e que não produzam os fanáticos terroristas dispostos a atacar.

O 11 de Setembro comprovou que o terceiro item da lista estava dando terrivelmente errado. A aliança com regimes autoritários mas confiáveis, que durante décadas havia garantido a estabilidade, não funcionava mais a contento? Vassoura nele, decidiram os dirigentes americanos, com irretorquível pragmatismo. E o que fazer para atacar o problema de fundo, o X da questão, o coração da matéria: o ódio visceral aos Estados Unidos? Nada melhor do que a democracia, como detergente antifanatismo.

Cabe lembrar, porém, que a democracia exige dedicação e cuidados diários. Os desafios à sua implantação na região são enormes - e nada indica que, no futuro, serão menores. Provas disso aparecem aos montes quase todos os dias. Os palestinos escolheram um moderado como presidente de sua Autoridade Nacional, Mahmoud Abbas, porque sabiam o que ele queria: levar adiante o processo de acomodação com Israel. Meses depois, porém, os mesmos palestinos foram às urnas e depositaram suas esperanças no Hamas, que prega a intolerância e o aniquilamento dos judeus. No Iraque, a situação é semelhante: depois de eleições democráticas para um governo de coalizão, o país segue afundado em uma luta fratricida patrocinada pelos radicais de várias tendências. Mesmo os Estados Unidos ainda estudam qual caminho seguir.

A abertura no Oriente Médio pode parecer timidíssima. Esperar que todo o mundo árabe entre em uníssono na dança da abertura democrática seria de uma ingenuidade quase insana. As disparidades são imensas quando se fala de um universo de 304 milhões de pessoas (374 milhões se incluído o Irã, que não é árabe mas está na mesma zona geopolítica), em dezessete países, com um PIB de 680 bilhões de dólares, gerados por produtos que vão das tâmaras ao petróleo. Mas a similaridade de língua, religião e matriz cultural cria um efeito contágio considerável. Os iraquianos que foram às urnas no início de 2005, apesar das ameaças terroristas, deixaram marcas profundas além-fronteiras - e criaram enormes dilemas político-religiosos para os xiitas militantes: quando a democracia vingar ali, como enfrentar seus frutos?


Créditos: fotos foram retiradas do site da Revista Veja: http://veja.abril.com.br/080206/p_064.html


sábado, 10 de julho de 2010

Espetáculo máximo. Lua encobre o Sol e transforma dia em noite

De todos os espetáculos astronômicos, o eclipse total do Sol é sem dúvida o mais impressionante. Ver a Lua encobrir o astro-rei transformando o dia em noite estrelada é simplesmente espetacular. Nada se compara. Apesar de ser um fenômeno raro, no próximo domingo, dia 11, isso acontecerá de novo, mas o Brasil ficará de fora do maior show celestial.


Neste domingo, exatamente às 15h15 pelo horário de Brasília, a sombra da Lua tocará o Pacífico Sul próximo à Nova Zelândia e percorrerá todo o oceano até atingir o extremo sul do Chile e Argentina. Durante todo o trajeto, as únicas porções de terra que presenciarão o fenômeno serão as Ilhas Cook, parte da Polinésia Francesa e a Ilha de Páscoa, no meio do caminho.

O eclipse será finalizado no exato instante que o Sol se pôr no sul da Argentina, às 17h52. Durante sua jornada de 2 horas e quarenta minutos, a sombra da Lua terá percorrido 7.500 km, encantando pouquíssimos privilegiados em nosso planeta.

O pico do eclipse ocorre ás 16h33. Nesse momento o eixo da sombra da Lua estará praticamente alinhado com o centro do Terra. A máxima duração prevista é de 5 minutos e 20 segundos, com o Sol a 47 graus acima do horizonte, projetando uma sombra de 259 km. Em Hanga Roa, capital da Ilha de Páscoa (Chile), a duração da máxima totalidade será de 4 minutos e 41 segundos. Apesar dos 3800 habitantes estarem acostumados aos turismo, é esperado um número recorde de visitantes.

O gráfico acima mostra o caminho da sombra da Lua, destacado em azul escuro. As linhas azul claras indicam onde o eclipse também poderá ser visto, mas de forma parcial, com apenas parte do disco solar encoberto.

Eclipse
Um eclipse do Sol ocorre sempre que a Lua se posiciona entre a Terra e o Sol. Se durante um eclipse a lua encobrisse completamente o disco do Sol, seria chamado de eclipse total. Caso contrário, eclipse parcial.



Se a Lua estiver próxima de seu apogeu (maior afastamento da Terra), seu diâmetro parecerá menor que o do Sol e por não preencher todo o disco, parte da estrela ainda permanece visível em forma de anel, daí o nome "anular" para este tipo de eclipse. Anular significa "em forma de anel".




O eclipse do dia 11 será um eclipse do tipo total e todo o disco solar ficará oculto.


No Brasil, o próximo eclipse solar ocorrerá no ano de 2023 e poderá ser visto dos Estados do Norte e do Nordeste. Na ocasião o eclipse será do tipo anular, quando um anel solar permanecerá visível em torno da Lua. Eclipse total só será visível em 2045.



Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/spacenews.php?posic=dat_20100709-090641.inc

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Nasa divulga imagem recente de vazamento no Golfo do México

Uma das maiores tragédias ambientais dos Estados Unidos e do mundo completou dois meses no último domingo, dia 20, sem desfecho até o momento. O Governo dos Estados Unidos calcula que a já foram derramados 160 milhões de litros de petróleo no mar, depois que a plataforma petrolífera da British Petroleum (BP) explodiu e afundou no Golfo do México no mês de abril.


A imagem de satélite divulgada recentemente pela agência espacial americana, Nasa, mostra o caminho do óleo em curvas de tons cinza e marrom. Pela cena é possível ver que a mancha ainda está muito próximo da costa da Flórida, Alabama e até do Mississipi.

É possível observar na parte inferior da imagem a localização do vazamento. A fumaça preta que sai da região representa o óleo e o gás, que continua sendo capturado e depois queimado como parte dos esforços para tentar conter a enorme mancha que se espalhou pelo mar.

Esta e outras imagens de alta resolução foram capturadas pelo Espectro-Radiômetro de Resolução Moderada, MODIS, a bordo do satélite de sensoriamento remoto Terra. O satélite captura imagens no Golfo do México duas vezes por dia.

Nesta segunda-feira, 21, a British Petroleum divulgou que seus gastos estão em US$ 2 bilhões em diversas ações para tentar conter o vazamento e dar uma resolução para o caso.

A BP afirma que já pagou US$ 105 milhões para 32 mil afetados pela tragédia e anunciou a criação de um fundo com mais 20 bilhões de dólares para indenizar as vítimas norte-americanas.

Nova Tecnologia
Agora, uma nova tecnologia deverá ser testada utilizando 32 máquinas de separação de óleo. São aparelhos desenvolvidos pela Ocean Therapy Solutions, de propriedade do ator Kevin Costner, que utiliza uma tecnologia de centrífuga, armazenando o óleo em tanques e devolvendo a água com quase 100% de pureza. Segundo a empresa, os aparelhos são capazes de limpar 800 mil litros de água suja por dia.


Foto: Imagem captada no dia 19 de junho de 2010 pelo satélite de sensoriamento remoto Terra, da Nasa, mostra a extensão da mancha de óleo próxima à costa da Flórida, do Alabama e do Mississipi, na costa norte-americana, no Golfo do México. A tragédia ambiental completou dois meses ainda sem resolução. Crédito: Nasa/Modis Rapid Response Team.

Entenda o que provocou a tragédia em Alagoas e Pernambuco

Quem está acostumado a ver e a sobreviver às enchentes no Brasil anualmente, talvez tenha se surpreendido ainda mais com o cenário desolador que transformou diversos municípios de Alagoas e de Pernambuco nos últimos dias. A chuva e a força das águas arrastaram tudo o que encontraram pela frente e a impressão é que um verdadeiro tsunami passou pela região.


As fortes chuvas que atingiram Alagoas e Pernambuco na semana passada elevaram o nível de rios importantes como o Rio Mundaú, o Rio Una, o Rio Capibaribe e vários outros que banham os Estados. A água transbordou por todos os lados afetando as famílias ribeirinhas e dezenas de milhares de pessoas estão desabrigadas. Até a manhã desta quarta-feira (23), foram contabilizados 44 mortos, segundo a Defesa Civil.

Toda essa chuva foi resultado de três fatores, sem ligação direta com fenômenos como o aquecimento global ou as mudanças climáticas. Para a meteorologia alguns eventos principais contribuíram para a chuva em grande volume.




Em primeiro lugar duas frentes frias de forte intensidade alcançaram o litoral do Nordeste na primeira e na terceira semana de junho, favorecendo a formação de nuvens bastante carregadas sobre o leste de Alagoas e de Pernambuco.

Maceió, capital de Alagoas, registrou 270 milímetros de chuva entre os dias 3 e 5 de junho, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia. A segunda frente fria só intensificou as áreas de nuvens carregadas. Até a segunda-feira (21), o acumulado de chuva estava em 470 milímetros, superando a média mensal da capital alagoana que é de 298,3 milímetros.

Em três dias, Recife, capital de Pernambuco, também teve chuva muito acima do normal, em torno de 350 milímetros. Desde o começo do mês já choveu 456 milímetros na capital, enquanto a média de junho é de 388,9 milímetros, de acordo com o Inmet.

As águas do oceano Atlântico Tropical estão com temperatura pelo menos 1 grau acima do normal ainda por influência da fase final do El Niño. As águas mais quentes provocam uma maior evaporação e isso também explica a formação de nuvens mais pesadas e ocorrência de chuvas extremas no leste do Nordeste.




Somando a presença de frentes frias e a elevação da temperatura no mar, ainda existe outro fenômeno meteorológico que influencia a região nesta época do ano. As chamadas “Ondas de Leste” que chegam à costa do Nordeste trazendo bastante chuva. Essas ondas são perturbações ondulatórias que ocorrem na atmosfera sobre o Atlântico tropical e são formadas por nuvens carregadas vindas da costa da África empurradas pelos ventos alísios.

Com a entrada do inverno é normal o aumento das chuvas em Alagoas e Pernambuco nos meses de junho e julho, mas o que chamou a atenção foi o avanço da chuva. Existe um aumento de umidade natural na faixa litorânea, mas neste episódio o volume de nuvens foi muito grande e chegou até o agreste, explica o meteorologista Wilibaldo Lopes, do Instituto Nacional de Meteorologia.

O pesquisador acrescenta que mais uma vez eventos extremos sobre país demonstram a nossa vulnerabilidade e a capacidade de um sistema de alerta. O investimento em radares e satélites é questionado há algum tempo. “A população que vive em área de risco precisa ser treinada para evacuar rapidamente”, ressalta Lopes.


Fotos: No topo, a cidade de Branquinha, no interior de Alagoas, uma das mais destruídas pela força das águas. Na sequência, imagem de satélite mostra as condições adversas sobre o litoral e Zona da Mata de Pernambuco em 18 de junho de 2010, às 02h30 BRT. Por último, gráfico mostra a anomalia da temperatura da água do mar durante o mês de maio. Na costa leste do Nordeste a água do mar está pelo menos 1 grau acima do normal, ainda sob influência do fenômeno El Niño. Crédito: Yuri Tenório/Alagoas 24horas/CPTEC-INPE-DSA/Apolo11.com

Nota do blog: é com enorme pesar que o Impactogeo destaca tal acontecimento trágico que se abateu sobre os habitantes de Branquinha , Alagoas. Com fé e muita ajuda do povo brasileiro, tais famílias irão conseguir a superação diante dessas dificuldades. Abbraço a todos os amigos do Impactogeo!!!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

O RELEVO BRASILEIRO

O Brasil é um país de altitudes modestas. Cerca de 40% do seu território encontra-se abaixo de 200 m de altitude, 45% entre 200 e 600 m, e 12%, entre 600 e 900 m. O Brasil não apresenta montanhas, pois não existe nenhum dobramento moderno no território brasileiro.

Antes, o relevo do Brasil era dividido de acordo com a classificação de Ab'Saber, respeitado geógrafo paulista, pioneiro na identificação dos grandes domínios morfoclimáticos nacionais. Sua classificação identifica dois grandes tipos de unidades de relevo no território brasileiro: planaltos e planícies.

Mais recentemente, com os levantamentos detalhados sobre as características geológicas, geomorfólogicas, de solo, de hidrografia e vegetação do país, foi possível conhecer mais profundamente o relevo brasileiro e chegar a uma classificação mais detalhada, proposta, em 1989, pelo conceituado professor Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo. Na classificação de Ross, são consideradas três principais formas de relevo: planaltos, planícies e depressões.


Classificações
O relevo do Brasil tem formação antiga e atualmente existem várias classificações para o mesmo. Entre elas, destacam-se as dos seguintes professores:

Aroldo de Azevedo - esta classificação data de 1940, sendo a mais tradicional. Ela considera principalmente o nível altimétrico para determinar o que é um planalto ou uma planície.



Aziz Nacib Ab'Saber - criada em 1958, esta classificação despreza o nível altimétrico, priorizando os processos geomorfológicos, ou seja, a erosão e a sedimentação. Assim, o professor considera planalto como uma superfície na qual predomina o processo de desgaste, enquanto planície é considerada uma área de sedimentação.



Jurandyr Ross - é a classificação mais recente, criada em 1995. Baseia-se no projeto Radambrasil, um levantamento feito entre 1970 e 1985, onde foram tiradas fotos aéreas da superfície do território brasileiro, por meio de um sofisticado radar. Jurandyr também utiliza os processos geomorfológicos para elaborar sua classificação, destacando três formas principais de relevo:



1) Planaltos
2) Planícies
3) Depressões

Segundo essa classificação, Planalto é uma superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e produto de erosão. Planície é uma área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos. Por fim, Depressão é uma superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por processo de erosão. A figura a seguir mostra essa representação do relevo brasileiro.

Os relevos brasileiros caracterizam-se por baixas altitudes. Isso acontece devido ao Brasil estar situado sobre uma grande placa tectônica que não se choca com outras placas, dando origem aos chamados dobramentos modernos, resultantes do movimento de colisão entre placas, onde uma empurra a outra. Os pontos mais altos do relevo brasileiro são o Pico da Neblina e o de Pico 31 de Março.


ESTRUTURA GEOLÓGICA DO BRASIL

Mais de 60% do território brasileiro é constituído pelas bacias sedimentares. Ele possui também mais de 36% de escudos cristalinos. A maior parte das estruturas é bem antiga, elas são da Era Paleozóica e Mesozóica.

Todas as bacias sedimentares são formadas através da aglomeração de alguns sedimentos nas depressões. Essas bacias são ricas em combustíveis fósseis, como por exemplo, o carvão, o petróleo e o gás natural.

Existem também os escudos, porém eles são os mais antigos. Podemos encontrar nos escudos, as rochas cristalinas, como por exemplo, o granito. Já os dobramentos modernos dão origem a algumas cordilheiras, como a do Himalaia e dos Andes, que são territórios antigos que não sofrem com os vulcões e com os terremotos.

Bons estudos queridos alunos e amigos do Impactogeo!!! Bom final de semana a todos!!!

terça-feira, 8 de junho de 2010

IMPACTOGEO NO CLIMA DA COPA

Olá amigos do Impactogeo! Postando imagens muito bonitas dos estádios que serão palcos dos jogos da Copa do Mundo de Futebol 2010, realizada na África do Sul. Os primeiros que postarei serão aqueles que receberão a Seleção Canarinha... Brasil!!! Brasil!! Abraço a todos!
Estádio Soccer City
Local: Johanesburgo - Capacidade: 88.500 pessoas



Destaque: Estádio de Abertura e Final da Copa do Mundo. Receberá a Seleção Brasileira em 20 de junho.

Um dos mais artísticos e impressionantes estádios de futebol do continente africano, o recém-reconstruído Soccer City irá receber o jogo de abertura e a grande final da Copa do Mundo da FIFA África do Sul 2010.

O desenho foi inspirado no calabash, o tradicional vaso artesanal africano, e o apelo estético será ainda mais impactante com a iluminação noturna. Localizado no sudoeste de Johanesburgo, o Soccer City fica a apenas uma pequena distância de Soweto, distrito onde estão alguns dos torcedores mais fanáticos do país e no qual vivem cerca de 40% da população de Johanesburgo. Essa proximidade certamente vai fazer do estádio o centro das atividades durante a competição.

Apesar do cheiro de novo, o Soccer City já testemunhou importantes episódios da história da África do Sul, onde é considerado o coração do futebol. Na década de 1980, os dirigentes se uniram para erguer o primeiro estádio do país que obedeceria a critérios internacionais, e a verba foi obtida pela própria comunidade esportiva. Foi lá que Nelson Mandela fez o seu primeiro discurso após sair da prisão, em 1990, e onde, três anos depois, milhares de pessoas se emocionaram com o funeral do ativista político assassinado Chris Hani. Mas o estádio também já foi palco de episódios esportivos de festa para os sul-africanos, como a final da Copa das Nações Africanas, em 1996, em que a seleção nacional derrotou a Tunísia por 2 a 0 e sagrou-se campeã.

A arena original, conhecida como Estádio FNB, tinha capacidade para 80 mil pessoas, mas a ampliação do anel superior elevou esse número a 88.460.

Outras melhorias foram o aumento do número de camarotes de 85 para 184, a construção da cobertura, a reforma dos vestiários e a instalação de novos holofotes.



Estádio Moses Mabhida
Local: Durban - Capacidade: 70 mil pessoas


Destaque: Receberá a Seleção Brasileira no dia 25 de junho.

O novíssimo Estádio Moses Mabhida em Durban sediará uma das semifinais da Copa do Mundo da FIFA 2010. O estádio exemplifica a inovação arquitetônica à mostra na África do Sul e é inspirado na bandeira nacional, com o seu grandioso arco representando a união de um país apaixonado pelo esporte. Os dois mastros do arco no lado sul do estádio se unem para formar uma única base no lado norte, simbolizando a nova unidade de uma nação anteriormente dividida.

Com capacidade para 69.957 espectadores sentados, a arena foi especificamente projetada como uma arena multiuso e um anfiteatro completo com um teleférico que leva a uma plataforma de observação no topo do enorme arco de 350 metros de extensão, mais de 100 metros acima do gramado. De lá, os visitantes têm vistas panorâmicas espetaculares da costa e da cidade. A cobertura é ligada ao arco por cabos de aço com 95 mm de diâmetro. Cada assento é espaçoso e confortável, com uma ótima visão do gramado.

A arena multifuncional de última geração está localizada no coração do Complexo Esportivo Kings Park, no terreno do antigo Estádio Kings Park. A área como um todo terá outros estádios e instalações esportivas, além de restaurantes, lojas, áreas para crianças e uma passarela de pedestres que ligará o complexo à praia.

Moses Mabhida nasceu em Thornville no dia 14 de outubro de 1923 em uma família pobre que depois foi removida das suas terras. Em 1963, trabalhando na Tchecoslováquia para a Federação Sindical Mundial, Mabhida recebeu de Oliver Tambo o convite de voltar à África para desenvolver o grupo armado do partido ANC, o Umkhonto we Sizwe (MK). Ele passou por treinamento militar e se tornou o principal instrutor político dos novos recrutas. Posteriormente, foi comandante do MK.

terça-feira, 1 de junho de 2010

EM CLIMA DE COPA DO MUNDO

         Caros amigos do Impactogeo, de início desejo a todos um mês de Junho cheio de alegria e muita saúde. Essa postagem tem como objetivo homenagear os amigos professores, os alunos e principalmente o Colégio Impacto, pelos serviços prestados a população florianense, levando o que há de melhor em termo de ensino, cidadania e amizade para os seus discentes e familiares.
         Como estamos nos preparando para a Copa do Mundo da África, que inicia no próximo dia 09, deste mês, resolvi postar a nossa seleção Impacto. Com a criatividade de sempre do nosso amigo Anselmo e com o carisma do professor Sidney, foram convocados vários craques do nosso colégio para a disputa dessa grandiosa competição na África. Com certeza muitos dos nossos craques tornariam o torneio mundial muito mais fácil para a nossa seleção canarinho.  
        Em clima de Copa da África 2010, fica aqui a homenagem do blog Impactogeo aos professores, alunos e funcionários do Colégio Impacto, que tornam essa instituição de ensino cada dia mais respeitada e amada pelos cidadãos florianenses e piauienses.



Bem amigos da Rede Globo, em campo o time de craques composto pelos PROFESSORES:


       
e completando a SELEÇÃO IMPACTO, os queridos ALUNOS:


Parabéns grandes amigos Anselmo e Sidney. Como sempre mostrando o bom-humor e a criatividade que lhes é peculiar.  Honra em trabalhar com vocês amigos!!! Um abraço a todos e até o próximo post com muito mais informações, curiosidades e bom-humor.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Desafio National Geographic 2010 - Olimpíada de Geografia

O que é

Desafio National Geographic é a maior olimpíada de Geografia do Brasil. Em sua terceira edição, o evento integra o projeto Viagem do Conhecimento, idealizado pela revista National Geographic Brasil e realizado pela Editora Abril.

Objetivos

- Estimular jovens estudantes de Ensino Fundamental e Ensino Médio, com seus núcleos familiares e escolares, a conhecer melhor o espaço, o país e o mundo onde vivem;

- Disseminar a cultura de viagem como experiência para ampliar o conhecimento do Brasil e do mundo;

- Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino da disciplina de Geografia e áreas afins;

- Propiciar o enriquecimento do trabalho de professores em escolas públicas e particulares, contribuindo para sua valorização profissional;

- Incentivar estudantes e educadores a avaliarem as relações sociedade-natureza sob uma perspectiva crítica, ética, solidária e sustentável.

Desafio National Geographic é a maior olimpíada de Geografia do Brasil. Em sua terceira edição, o evento integra o projeto Viagem do Conhecimento, idealizado pela revista National Geographic Brasil e realizado pela Editora Abril.



Como participar

- O Desafio National Geographic 2010 é aberto a alunos regularmente matriculados no oitavo e nono anos (antigas sétima e oitava séries) do Ensino Fundamental e na primeira série do Ensino Médio.

- Alunos não podem se inscrever individualmente. As inscrições das escolas devem ser feitas pelo professor de Geografia, coordenador pedagógico, vice-diretor ou diretor. Basta clicar em FAZER INSCRIÇÃO. Este educador passa então a ser o responsável por todas as atividades do concurso na escola. Ele terá uma senha exclusiva que permitirá o acesso à Área Restrita, onde poderá fazer o download de provas, certificados e sugestões de atividades relacionadas.

- Uma mesma escola não pode se inscrever mais de uma vez.

- O Desafio é realizado em três etapas: Local, Regional e Final, conforme previsto no Calendário.

- Na fase Local, o próprio educador responsável se encarrega de baixar, imprimir, aplicar e corrigir as provas disponibilizadas na Área Restrita.

- Na fase Regional, os alunos selecionados se deslocam para Escolas-Sedes, responsáveis por aplicar as provas. Nesta etapa, a organização do Desafio imprime e envia as provas para cada Escola-Sede.

- Todas as escolas inscritas podem se candidatar voluntariamente a Escola-Sede. Basta preencher o Formulário na Área Restrita.

- Na fase Final realizada em São Paulo ou em outra cidade indicada pelo Comitê Gestor, as provas são impressas, aplicadas e corrigidas pela Equipe Pedagógica do Desafio.


O que estudar

Os principais assuntos que serão contemplados nas provas do Desafio 2010 podem ser pesquisados na Matriz de Referência, como relações sociedade-natureza, usos dos recursos naturais, sustentabilidade, cidades, patrimônios culturais da humanidade, inovações nos sistemas de energia, transportes, comunicações e informações, a mobilidade espacial e a constituição de uma escala global de relações humanas, além de habilidades de leitura, produção e interpretação de mapas e textos em diferentes gêneros.


Calendário

5/2 Início das inscrições

1/6 Término das inscrições

2/6 Download da 1ª prova disponível na área restrita do www.viagemdoconhecimento.com.br

9/6 1ª prova – Fase Local

10/6 Divulgação das escolas-sede da Fase Regional

11/6 Divulgação do gabarito da Fase Local

18/6 Prazo final para cadastramento dos alunos para a Fase Regional

2/7 Início do envio da prova da Fase Regional para as escolas-sede

21/8 Realização da prova Fase Regional

27/8 Prazo final para envio dos gabaritos daFase Regional

10/9 Prazo final para correção dos gabaritos da Fase Regional

22/9 Divulgação dos finalistas para Fase Final em São Paulo-SP

14 a 16/10 Fase Final em São Paulo: prova da Fase Final e evento de premiação


Prêmios

Os alunos selecionados nas fases Local e Regional são premiados com uma viagem a São Paulo ou outra cidade brasileira indicada pelo Comitê Gestor, acompanhados de seus pais e professores responsáveis, onde será disputada a fase Final. Em São Paulo, haverá uma intensa programação cultural pelos principais pontos turísticos da cidade, além de um Trabalho de Campo acompanhado pela Equipe Pedagógica do Viagem do Conhecimento.

AS ILHAS TUVALU E OS EFEITOS DO AQUECIMENTO GLOBAL

Ilhas do Pacífico submersas devido ao aquecimento climático
Costas corroídas, lençóis freáticos salinizados, primeiros êxodos de refugiados “climáticos”: o aquecimento climático já é uma dura realidade para a maioria dos insulares do Pacífico. Do mesmo modo, é dada prioridade a programas que permitam a esta população e ao seu ambiente adaptar-se à nova situação climática. Estes programas beneficiam do apoio da União Europeia.




Todos os domingos, uma centena de imigrantes do Tuvalu se reúne para a missa em Te Atatu South, uma localidade da periferia a oeste da cidade de Auckland. Nas dependências do centro que lhes foi emprestado pelo Lion's Club, as famílias se instalam em esteiras colocadas diretamente no chão, para acompanharem a pregação, na qual a única língua praticada é o tuvaluano. Algumas das mulheres estão enfeitadas com uma flor de pluméria, um arbusto de aroma almiscarado, nos cabelos, enquanto a maior parte dos fiéis fala entre si na língua do seu país de origem.
O arquipélago de Tuvalu, um Estado da comunidade britânica situado a alguns milhares de quilômetros ao norte da Nova Zelândia, é uma das menores nações que existem no mundo, pelo seu tamanho -26 km2 de superfície terrestre- e a sua economia. Ela não conta com mais do que 11.000 habitantes, distribuídos por 9 ilhas e atóis de recifes de corais. Mas, segundo o mais recente censo, o número dos imigrantes do Tuvalu que vivem hoje na Nova Zelândia já passou para mais de 2.600, ou seja, eles são cinco vezes mais numerosos do que quinze anos atrás. Além disso, o seu número poderia aumentar ainda mais, pois a comunidade está preocupada.



Da mesma forma que o arquipélago de Kiribati ou as ilhas Marshall, mais ao norte, Tuvalu integra o conjunto dos pequenos países do Pacífico que estão ameaçados pelo aquecimento climático. Segundo o Grupo de Peritos Intergovernamental sobre a Evolução do Clima (cuja sigla em francês é GIEC), o nível médio dos oceanos deverá subir numa proporção de 18 a 59 centímetros daqui até 2100. Para estas ilhas, situadas exatamente acima do nível do mar, isso seria uma catástrofe. "Nenhum local em Tuvalu está situado a mais de 5 metros de altitude. As áreas situadas a apenas 50 centímetros acima do nível do mar irão sofrer enchentes permanentes no decorrer deste século", afirma John Hunter, um oceanógrafo na universidade da Tasmânia.Tradicionalmente, os habitantes de Tuvalu costumavam emigrar por razões econômicas, uma vez que as chances de desenvolvimento no arquipélago sempre foram limitadas. Durante muito tempo, eles migraram para a ilha de Nauru -entre os atóis de Tuvalu e da Papua-Nova Guiné- para trabalharem nas minas de fosfato. Mas, já faz alguns anos, a ameaça climática tornou-se um motivo adicional para o seu exílio. Misalaima Seve, que é originária de Fongafale, o atol onde fica Funafuti, a capital do Tuvalu, diz que acabou optando por ir embora de lá por temer a subida das águas."Eu comecei a ver muitas coisas mudarem. Agora, o mar passou a encobrir a terra por ocasião das grandes marés", garante esta mulher idosa, falando num inglês hesitante.

Silou Temoana, que está instalada há alguns anos na Nova Zelândia, afirma, por sua vez, ter observado diversas mudanças em sua ilha de Niutao, ao norte do Tuvalu. "A quantidade de terras está menor do que quando eu era criança, e, ao mesmo tempo, aumentou o número de pessoas. Está se tornando cada vez mais difícil cultivar plantas a contento". Telaki Taniela, um pai de família que vive com os seus cinco filhos num bairro da periferia de Auckland, faz uma constatação similar: "Eu fui embora do Tuvalu porque estava ficando preocupado com o aquecimento climático. Hoje, as grandes marés são mais freqüentes. Não faltam aqueles, em Tuvalu, que se recusam a acreditar nisso, que chegaram à conclusão de que Deus jamais permitirá que isso aconteça. Mas, cedo ou tarde, eles serão obrigados a se conscientizarem da situação".

Observações por satélite e por meio de medidores vêm sendo realizadas já faz cerca de quinze anos na tentativa de se medir a elevação do nível do mar, mas este período seria curto demais para se tirar quaisquer conclusões, avisam os cientistas. "As estimativas que nós temos apontam que, de 1950 a 2001, o nível do mar subiu, em média, 2 milímetros por ano. Mas, por causa da aceleração da elevação do nível do mar que nós passamos a observar nos últimos tempos, o fenômeno poderia agravar-se em Tuvalu", explica John Hunter.

Alterações no ecossistemaNa opinião de Simon Boxer, que foi encarregado de estudar a questão pelo Greenpeace da Nova Zelândia, este, de qualquer forma, não é o único perigo que ameaça a região: "As populações das pequenas nações do Pacífico vão estar confrontadas a alterações no seu ecossistema antes mesmo de serem inundadas, tais como a salinização do seu sistema de abastecimento de água e das suas áreas cultivadas". Um outro risco é a recorrência de fenômenos climáticos extremos, que poderiam ser devastadores para essas pequenas ilhas.

Contudo, o aquecimento climático não seria a única causa de desastres potencial. Os cientistas apontam igualmente para a ameaça que representam as más práticas de ocupação do solo na ilha da capital. "Desde a independência, em 1978, a população passou de 700 para 5.000 habitantes em Fongafale. Além disso, a construção de calçadas acabou modificando os traçados das marés", comenta John Connell, um geógrafo na universidade de Sydney e especialista nas ilhas do Pacífico. Para Chris de Freitas, um professor na escola de geografia da universidade de Auckland, "enchentes vêm ocorrendo da maneira evidente nas ilhas do Tuvalu, mas, neste caso, não é exatamente o aquecimento climático provocado pelo homem que está na origem deste fenômeno. Elas são o resultado da erosão e de projetos imobiliários que vêm provocando um afluxo da água do mar".

Este é um ponto de vista que poucos imigrantes parecem estar dispostos a ouvir, pois muitos deles estão convencidos de estarem pagando o preço necessário para adquirir o modo de vida dos países ocidentais. Há alguns anos, o governo de Tuvalu havia até mesmo ameaçado entrar com uma ação na justiça contra a Austrália e os Estados Unidos por estes não terem ratificado o Protocolo de Kyoto. Fala Haulangi, uma das principais lideranças da comunidade tuvaluana em Auckland, não admite qualquer questionamento: "Nós não nos valemos do pretexto do aquecimento climático para emigrar. Os nossos familiares e os habitantes mais idosos estão bem lá onde estão nas suas ilhas, eles não têm a menor vontade de irem embora de lá". E Telaki Taniela acrescenta: "Nós deveríamos pleitear o estatuto de refugiados climáticos, pois nós pertencemos a uma nação limpa, que tem sido vítima das ações dos grandes países".

Por enquanto, a Nova Zelândia autoriza anualmente 75 imigrantes do Tuvalu a se instalarem em seu território -em função de um programa de imigração para as ilhas do Pacífico-, sem, contudo, reconhecer seu direito ao estatuto de refugiados ambientais. Em Auckland, a comunidade do Tuvalu organiza regularmente cerimônias e festas noturnas tradicionais com as quais ela tenta preservar a sua cultura. "A migração pode ser uma solução, mas se o nosso país for submerso, as nossas tradições correm o risco de perder-se, pois elas serão absorvidas pela cultura do país onde nós estaremos instalados", teme Silou Temoana.

Na Nova Zelândia, poucos são aqueles, entre os membros da nova geração, que planejam retornar ao arquipélago dos seus pais.

Fonte: Le Monde - Tradução: Jean-Yves de Neufville - De Marie-Morgane Le Moël - Enviada especial do Le Monde a Auckland (Nova Zelândia)


PAÍSES COSTEIROS

Além das ilhas-nações, países costeiros baixos também estão ameaçados pela elevação do nível do mar. Em 2000, o Banco Mundial publicou um mapa demonstrando que um aumento de 1 metro no nível do mar inundaria metade dos arrozais de Bangladesh. Com a previsão de um aumento de até 1 metro para este século, a população de Bangladesh seria forçada a migrar, não em milhares e sim em milhões. Para um país de 134 milhões de habitantes, já figurando entre os países de maior densidade populacional do mundo, a experiência seria traumática. Para onde iriam esses refugiados climáticos?

O cultivo do arroz em baixadas ribeirinhas em outros países asiáticos também seria afetado, incluindo a Índia, Tailândia, Vietnã, Indonésia e China. Uma elevação de 1 metro no nível do mar colocaria mais de um terço de Xangai submersa. Na China como um todo, 70 milhões de pessoas estariam vulneráveis a 100 anos de ressacas. O efeito do aumento do nível do mar mais fácil de ser medido é a inundação de áreas costeiras. Donald F. Boesch, do Centro de Ciências Ambientais da Universidade de Maryland, EUA, calcula que, para cada milímetro de elevação, a faixa litorânea regride, em média, 1,5 metro.

Assim, caso o nível do mar se eleve em 1 metro, o litoral recuará 1.500 metros. Com tamanha elevação, os Estados Unidos perderiam 36 mil km2 de terra com a perda maior nos Estados do Atlântico e do Golfo. Grandes áreas de Manhattan e o Capitólio em Washington, D.C., seriam inundados pela água do mar, com 50 anos de ressacas. Uma equipe do Woods Hole Oceanographic Institute calculou a perda de terra em Massachusetts pela elevação do mar, à medida que o aquecimento avança.

Utilizando as modestas projeções de elevação do nível do mar até 2025, da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, a equipe calculou que Massachusetts perderia 7.500 a 10 mil acres (3.035 a 4.047 hectares) de terra. Com base apenas na estimativa menor e num valor nominal da terra de US$ 1 milhão por acre para terrenos frontais ao oceano, isso significará uma perda de, no mínimo, US$ 7,5 bilhões em propriedades de alto valor. Algumas das 72 comunidades costeiras incluídas no estudo perderiam muito mais terras do que outras. Nantucket poderia perder mais de 6 acres e Falmouth, 3,8 acres, anualmente.

EUA X MUNDO

Os valores imobiliários costeiros, provavelmente, serão um dos primeiros indicadores econômicos a refletirem a elevação do nível do mar. Aqueles com grandes investimentos em propriedades de praia serão os mais afetados. Uma elevação de meio metro nos Estados Unidos causaria perdas entre US$ 20 bilhões e US$ 150 bilhões. Propriedades de praia, da mesma forma que usinas nucleares, estão se tornando impossíveis de serem asseguradas, como muitos proprietários na Flórida já descobriram.

Muitos países em desenvolvimento, que já lidam com crescimento populacional e competição intensa por espaço para moradia e cultivo, hoje, se defrontam com a perspectiva do aumento do nível do mar e perdas substanciais de terra. Alguns dos países mais diretamente afetados foram os menos responsáveis pelo acúmulo do CO2 atmosférico, causador desse problema. Enquanto os americanos enfrentam perdas de propriedades valiosas à beira da praia, os povos de ilhas baixas se defrontam com algo muito mais grave: a perda da sua nacionalidade.

Eles estão aterrorizados com a política energética dos Estados Unidos, considerando os EUA uma nação, indiferente à sua adversidade e sem disposição de cooperar com a comunidade internacional para a implementação do Protocolo de Kyoto. Pela primeira vez, desde o início da civilização, o nível do mar começou a se elevar numa escala mensurável. Tornou-se um indicador a ser observado, uma tendência que poderá forçar migrações humanas de dimensões inimagináveis. Também suscita questões, jamais enfrentadas pela humanidade, sobre a responsabilidade perante outras nações e as futuras gerações.

Saudações do Prof. Joka a todos os visitantes do Blog de Geografia mais comentado de Floriano.

Estudo diz que mar avança 4 milímetros por ano no Brasil

Olá queridos alunos, mais uma vez o Impactogeo vem trazendo informações valiosas a respeito de temas importantes abordados na Geografia e na nossa atualidade. Desta vez, trago nesse post uma informação a respeito do aumento dos níveis dos oceanos, o que está gerando grande temor nas populações litorâneas. Um estudo desenvolvido pelo Laboratório de Marés e Processos Temporais Oceânicos (Maptolab) do Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo (USP), revelou que o mar na costa brasileira está avançando cerca de 40 centímetros por século, ou 4 milímetros por ano.






A pesquisa se baseou em dados coletados em diversos portos ao longo do litoral do Brasil desde 1980. Os estudiosos levaram em conta as médias de variações diárias, sazonais e anuais do nível do mar, o que permitem uma melhor avaliação local de longo prazo.

Para tanto, foram distribuídas estações permanentes de medição ao longo de toda a costa com a participação de diferentes instituições. O Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), a Diretoria e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil, o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o IO participam das pesquisas.





Diversos itens podem influenciar na alteração do nível do mar, entre eles, o volume de água doce presente no oceano em decorrência do degelo polar, a variação de salinidade da água, a alteração de temperaturas em consequência do aquecimento global, fenômenos atmosféricos e oceânicos, como a influência dos ventos e das marés, além do posicionamento das órbitas dos planetas.

O professor e pesquisador Afranio Rubens de Mesquita, do Maptolab, chama a atenção para a variação vertical da crosta terrestre observada durante medições de sua equipe na região de Cananéia, litoral sul de São Paulo. Um movimento de afundamento vertical da crosta de 0,11 centímetros por ano, está elevando o nível do mar em 0,38 centímetros por ano.

Outras séries de medições ao longo do litoral do país indicam a mesma tendência de elevação. O pesquisador explica que esse número é preocupante e que o mar poderá ameaçar toda costa brasileira no futuro. Um estudo em caráter global seria essencial para compreender melhor o problema, mas são muitas as dificuldades e poucos recursos financeiros.


Santa Catarina
Desde o início do mês, ressacas vêm atingindo o litoral de Florianópolis, em Santa Catarina, gerando diversos prejuízos. Na praia da Armação, no sul da Ilha, o mar avançou 10 metros no último sábado (22). Segundo a Defesa Civil, sete casas tiveram que ser interditadas e algumas foram arrastadas pelas águas ainda nesta quarta-feira (26). O Exército e a Marinha estão trabalhando para formar barreiras de contenção com sacos de areia. A passagem de um ciclone extratropical pelo oceano contribuiu para a agitação marítima.

Foto: No topo, destruição causada pelo avanço do mar na praia do Bessa, litoral norte da Paraíba. Os altos muros de proteção servem de barreira para impedir a entrada da água nas casas. Abaixo, o gráfico mostra a elevação do nível do mar na região de Macaé, RJ, entre os anos de 2002 a 2006. Crédito: Apolo11/IBGE.

domingo, 9 de maio de 2010

Terremotos e mais terremotos: eles estão mesmo aumentando?

Apesar dos últimos acontecimentos ocorridos no Haiti, Turquia, Chile e Baixa Califórnia, ou mesmo a série de abalos sucessivos registrados atualmente na Turquia terem chamado a atenção da imprensa e das pessoas de modo geral, não existe qualquer comprovação científica de que os tremores estejam aumentando. Nem este ano, nem nas décadas passadas.




Tremores como o que aconteceu no Chile, de 8.8 graus ocorrem em média duas vezes ao ano em todo o planeta, portanto ainda podemos esperar pelo menos mais um abalo dessa magnitude. A única exceção ocorreu em 2004, quando foram registrados quatro abalos nessa faixa de intensidade. Eventos com magnitude entre 7.0 e 7.9, similares aos registrados na Baixa Califórnia em 4 de abril ou norte de Sumatra, no dia de ontem (7 de abril), ocorrem em média 14 vezes ao ano.

Em 2009 ocorreram 16 abalos nessa faixa e nos últimos 500 anos foram registrados pelo menos uma dúzia deles somente na região caribenha. Um deles, de 7.6 graus (oito vezes mais intenso que o do Haiti), atingiu a República Dominicana em 1946 deixando mais de 20 mil desabrigados.


Fatores principais
Existem diversos fatores que contribuem para a sensação de que os terremotos estejam aumentando, mas a rápida expansão nas telecomunicações e o aumento nas estações registradoras são apontados como o principal responsável por essa impressão. Em 1931, a rede sismográfica mundial contava com menos de 400 estações registradoras e atualmente esse número ultrapassa 4 mil. Somente os EUA possuem 8 mil estações.





Terremotos atuais
Diariamente ocorrem mais de cem terremotos na faixa de 2.5 graus de magnitude ao longo da falha de San Andreas, mas por serem corriqueiros passam praticamente despercebidos. No entanto, depois do terremoto de 7.8 graus ocorrido na Baixa Califórnia no último domingo, o USGS, órgão norte-americano responsável pelo monitoramento sísmico no país passou a divulgá-los diariamente, elevando tremendamente o número de eventos conhecidos e informados pela imprensa.

O incremento de estações e a capacidade de disseminar os dados registrados mais rapidamente através de satélites, telex e internet permitiu aos centros sismológicos localizar pequenos abalos praticamente indetectáveis anos atrás, tornando sua divulgação praticamente imediata, colaborando ainda mais para a sensação de aumento de sismos.

2010
Esse ano está testemunhando uma sequência notável de eventos entre 6.9 e 7.0 graus que estão ocorrendo de forma menos espaçada, mas é necessário mais tempo para avaliar se a quantidade ficará ou não dentro da média. Mesmo assim, é importante destacar que os eventos principais não estão ocorrendo na mesma zona ativa e sim em pontos separados do planeta, sobre placas tectônicas diferentes. O evento do Chile, por exemplo, ocorreu na junção entre as placas sul-americana e de Nazca enquanto que o da Baixa Califórnia ocorreu sobre a falha de San Andreas, ambas distantes do norte de Sumatra, localizada sobre a placa indo-australiana.

Até o presente momento, cientificamente não existe qualquer relação entre os sismos ocorridos e a proximidade entre os eventos só pode ser atribuído ao acaso.


Artes: No topo, tela do site Painel Global mostra o evento de 7.7 graus ocorrido em Sumatra, em 6 de abril de 2010 e grande sismicidade na região da Turquia e Europa. Acima, tabela mostra a quantidade de terremotos ocorridos desde 2000 até 7 de abril de 2010. Crédito: Painel Global/USGS.

Satélite registra ruptura de ponte de gelo na Antártida

Recentemente, as notícias sobre grandes terremotos têm chamado bastante a atenção, revelando enormes rachaduras sobre as quais estão perigosamente assentadas diversas e populosas cidades em todo o mundo. Agora, uma série de imagens de satélites mostra uma nova e repentina cicatriz, que em poucas horas rompeu um gigantesco e maciço bloco de gelo na Antártida.



As fotos, captadas pela agência espacial americana, mostram uma impressionante sequência de eventos ocorridas em menos de 24 horas e que fragmentou em diversos pedaços a a ponte da plataforma de gelo Ronne-Filchner, quatro vezes maior que a cidade de São Paulo.

Na cena, a comprida e estreita língua é uma espécie de ponte de gelo que conecta o iceberg A-23-A à plataforma Ronne-Filchner, localizados na Antártida Ocidental. Construída de gelo marinho a ponte permanece imóvel, uma vez que está anexada à costa, mas sua espessura é muito fina quando comparada ao gelo da plataforma, similar a uma fina casca sobre o oceano.

A diferença de espessura do gelo é visível nas imagens, com a plataforma Ronne-Filchner, mais alta e mais grossa, projetando sombras sobre a ponte de gelo. Este tipo especial de ponte se rompe e se renova regularmente com a chegada do verão no hemisfério sul e apesar de ser um evento comum, não deixa de ser uma visão dramática dos fenômenos que ocorrem em nosso planeta.


Foto: Imagem animado mostra o momento da ruptura da ponte de gelo que liga o iceberg A-23-A à plataforma Ronne-Filchner, na Antártida. As imagens foram feitas entre os dias 12 e 13 de janeiro, em um espaço de tempo de menos de 24 horas. Crédito: Nasa/Jeff Schmaltz/MODIS Rapid Response Team at NASA GSFC/Holli Riebeek.

Quais as chances da Terra ser atingida por um cometa ou asteróide?

O impacto de um cometa ocorrido em julho de 2009 contra o planeta Júpiter produziu em sua atmosfera uma enorme cicatriz do tamanho do planeta Terra e trouxe novamente a questão sobre as consequências que um choque desse tipo teria em nosso planeta.

Clique para ampliar

Segundo o cientista Donald Yeomans, ligado ao NEO, Programa de Objetos Próximos à Terra, da Nasa, existe atualmente 784 grandes objetos com tamanho superior a 1 quilômetro de diâmetro nas proximidades da Terra e caso qualquer um deles atingisse nosso planeta as consequências seriam catastróficas. "Basta ver o que aconteceu em Júpiter", disse Yeomans. "O objeto que se chocou contra Júpiter tinha aproximadamente esse tamanho".

No entanto, Yeomans lembra que as chances de que um desses grandes objetos atinjam a Terra é muito pequena, mas objetos menores também representam riscos e lembrou que devem existir mais de 100 grandes Neos (objetos próximos à Terra) que ainda não foram descobertos.


Baixo risco
Bilhões de anos atrás os impactos eram muito mais comuns. Nossa Lua, por exemplo, mantêm até hoje o registro desses choques na forma de crateras, enquanto na Terra as cicatrizes estão quase todas encobertas pelas intempéries e dinâmicas geológicas do planeta.

                                                               Clique para ampliar
Hoje em dia o sistema solar é menos congestionado que nos anos de sua formação, mas os grandes planetas por terem mais massa atraem para si os objetos errantes, como faz Júpiter e o Sol.

Atualmente, um dos objetos que mais chama a atenção dos cientistas é um asteróide de 130 metros de comprimento chamado 2007 VK184. Observações recentes sugerem que existe 1 chance em 2940 de que 2007 VK184 se choque contra a Terra nos próximos 50 anos. Segundo os cálculos, o impacto da rocha produziria energia equivalente a 150 milhões de toneladas de TNT, aproximadamente 8 mil vezes a bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 1945.

Entretanto, de acordo com Yeomans, à medida que as observações são refinadas os modelos computacionais reduzem as probabilidades de impacto e em pouco tempo as chances de que 2007 VK184 atinja a Terra serão praticamente nulas.


Chances
No entender de Yeomans, o maior problema atual não são os asteróides já catalogados e sim os que ainda não foram descobertos. Os cientistas estimam que deve haver pelo menos 156 grandes objetos com mais de 1 quilômetro a serem descobertos.

Em média, a Terra é atingida por asteróides de 1 quilômetro a cada 500 mil anos e a cada 100 mil anos por objetos maiores que 500 metros. Para objetos menores a taxa de impacto aumenta para 700 anos para objetos de 50 metros e 140 metros para asteróides de até 30 metros. Objetos menores são praticamente incendiados durante a entrada na atmosfera, produzindo as chamadas bolas de fogo.

Impactos gigantescos, como o que pode ter acabado com os dinossauros há 60 milhões de anos são provocados por asteróides com mais de 10 quilômetros de diâmetro e ocorrem em média a cada 100 milhões de anos.

De todos os objetos próximos que podem cruzar a órbita da Terra, os maiores são o asteróide Sísifo, com 8 quilômetros de diâmetro e Toutatis, com 5.4 quilômetros.



Fotos: No topo, concepção artística mostra um hipotético choque contra a Terra. Acima, imagem de alta resolução feita no dia 23 de julho de 2009 pelo telescópio espacial Hubble mostra a cicatriz negra provocada pelo impacto de um objeto - provavelmente um cometa - contra a atmosfera de Júpiter no dia 19 de julho de 2009. Créditos: Apolo11.com/Esa/Nasa/Space Science Institute).

O RELEVO E SEUS AGENTES MODELADORES

1.CONCEITO:
O relevo terrestre pode ser definido como as formas da superfície do planeta.
O relevo se origina e se transforma sob a interferência de dois tipos de agentes:os agentes internos (ENDÓGENOS) e externos (EXÓGENOS).

- endógenos: vulcanismo e tectonismo;
- exógenos: intemperismo e a antropicidade (o fator humano).

Simplificando, o relevo é o conjunto das formas da crosta terrestre, manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras emersas, e é resultado da ação de forças endógenas, ou exógenas. Encontramos formas diversas de relevo: montanhas, planaltos, planícies, depressões, cordilheiras, morros, serras, inselbergs, vulcões, vales, escarpas,
abismos, etc.

2. AGENTES MODELADORES DO RELEVO

O relevo terrestre é o resultado da ação da erosão que agiu no decorrer de milhões de anos. Essas forças erosivas são chamadas agentes do relevo. Quando essas forças ou agentes agem de dentro para fora da Terra, são denominados agentes modeladores internos(endogenos), como o tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos. Quando ocorrem da atmosfera para a litosfera, isto é, de fora para dentro da superfície, temos os agentes modeladores externos (exógenos) do relevo, como: as chuvas (ação pluviométrica), o gelo (ação glaciar), mares (ação marítimica), rios (ação fluviométrica ou hidrométrica), animais e vegetais (ação biológica)e o próprio homem (ação antrópica) que altera (construindo e/ou reconstruindo) a superfície do planeta.

3. INTEMPERISMO OU METERIORIZAÇÃO

Meteorização ou intemperismo é um conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que atuam sobre as rochas provocando sua desintegração ou decomposição.

A rocha decomposta transforma-se num material chamado manto ou regolito, um resíduo que repousa sobre a rocha matriz, sem ter ainda se transformado em solo.

As rochas podem partir-se sem que se altere sua composição: é a desintegração física ou mecânica. Nos desertos, as variações de temperatura entre os dias e as noites acabam por partir as rochas.

Nas zonas frias, a água que se infiltra na rachadura das rochas pode congelar, se dilatar e partir a rocha, num processo denominado gelivação. O intemperismo químico acontece quando a água, ou as substâncias nela dissolvidas, reage com os componentes das rochas. Nesse processo, as rochas modificam sua estrutura química, sendo mais facilmente erodidas, com o material sendo levado pelos agentes de transporte (vento, chuva,rios).

O oxigênio que existe na água oxida os minerais que contêm ferro e forma sobre as rochas o que costumamos chamar de ferrugem. A ação da água sobre o granito, por exemplo, o converte em quartzo e argilas. Ação das águas das chuvas

Quando as chuvas caem sobre a Terra, suas águas podem seguir três caminhos: evaporar-se, indo para a atmosfera; infiltrar-se no solo para dentro do lençol freático; e escorrer pela superfície da Terra, sob a forma de enxurradas e torrentes. São um dos mais eficazes agentes de erosão.

4. PRINCIPAIS TIPOS DE RELEVO


4.1 PLANÍCIES

Superfícies pouco acidentadas, mais ou menos planas, geralmente situadas a poucos metros do nível do mar, mas que podem ocorrer em altitudes maiores.
Os processos de sedimentação superam os processos de erosão.São áreas de relevo relativamente recentes.

As planícies podem ser classificadas em:

A) COSTEIRAS OU MARINHAS: Próximas aos oceanos

B) CONTINENTAIS
Planície Lacustre - (Próxima a lagos)
Planície de Piemonte - Nas encostas de montanhas
Planície aluvional ou fluvial -(Próxima a rios)

4.2 PLANALTOS:Apresentam superfícies irregulares ou mais ou menos planas. Os processos de erosão predominam e superam os de sedimentação.Situam-se acima de 200 m, podendo ultrapassar os 2 mil metros de altitude. Em suas bordas, aparecem escarpas ou cuestas, comumente chamadas de serras.
EX:Planaltos residuais de Franca - SP / Escarpas – Timor Leste/ Cuestas - Japão

4.3 MONTANHAS: Maiores elevações do relevo terrestre. São constituídas de agrupamentos de morros e vales. Conforme sua formação, podem ser jovens (formadas no Terciário), portanto mais elevadas velhas (constituídas em eras mais antigas), apresentando-se mais rebaixadas.

EX: Monte Everest - Nepal (CHINA) / Montanhas Rochosas - EUA/ Serra do Mar- BRASIL

4.4 DEPRESSÕES: Áreas rebaixadas em relação à regiões circunvizinhas.
Encontradas próximas a planaltos


- DEPRESSÕES RELATIVAS – situam-se abaixo do relevo circundante, mas acima do mar. Apresentam altitudes entre 100 e 500 metros ou mais.

Ex.: Vale do Paraíba do Sul


- DEPRESSÕES ABSOLUTAS – se situam abaixo do nível do mar.
Ex.: Mar Morto