PREVISÃO DO TEMPO

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domingo, 25 de abril de 2010

EXPLOSÕES NO SOL REGISTRADAS POR SATÉLITE

Nasa divulga gigantesca proeminência na superfície solar

Na quarta-feira, dia 21 de abril, a Nasa divulgou novas imagens do dia do fenômeno que mostram mais de perto a beleza e o gigantismo de uma forte ejeção de massa coronal que atingiu a Terra, provocando fortes tempestades geomagnéticas.


As cenas foram captadas no dia 30 de março de 2010 pelo novo observatório espacial SDO (Solar Dynamics Observatory, ou Observatório de Dinâmica Solar) e segundo a agência americana as imagens têm a mesma qualidade das películas IMAX e permitirão aos cientistas melhorar bastante a previsão das tempestades solares.

A imagem divulgada foi registrada no comprimento de onda do ultravioleta e mostra uma massiva pluma de plasma extremamente denso, que explodiu na superfície do Sol, produzindo uma espécie de elo que segue as linhas do campo magnético da estrela.

Quando essas esteiras de plasma (gás aquecido a altíssimas temperaturas) se destacam contra o fundo escuro do espaço, se tornam vívidas e brilhantes e recebem o nome de proeminências. Quando comparadas ao tamanho e massa do Sol, a proeminência parece pequena e irrelevante, mas essa impressão é apenas relativa. Entre a superfície do Sol e o topo do elo cabem aproximadamente dez planetas Terra.

Imagens: No topo, gigantesco filamento de gás aquecido é formado na superfície do Sol. Entre a superfície da estrela e o topo do elo cabem aproximadamente dez planetas Terra.

TERREMOTOS NO BRASIL ASSUSTAM POPULAÇÃO NO CEARÁ E EM PERNAMBUCO

Moradores de Cupira e Belém de Maria, na zona da mata e agreste de Pernambuco, estão assustados com a frequência dos tremores de terra que vêm atingindo a região. Desde o último fim de semana, foram registrados pelo menos 60 pequenos abalos nos municípios. O maior teve intensidade de 2,8 graus na escala Richter.




Embora sem grandes estragos, os tremores provocaram rachaduras nas paredes de algumas casas e estão deixando a população insegura. Por isso, pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) resolveram instalar seis sismógrafos em Belém de Maria até o próximo domingo (25).

Os sismógrafos vão monitorar o solo e ajudar a identificar a área exata aonde os tremores vêm ocorrendo. Segundo os estudiosos, esta é a primeira vez que tremores de terra são registrados em Belém de Maria. Há pouco mais de um mês, o município pernambucano de Alagoinha também sentiu sucessivos abalos, sendo o maior de magnitude 3,2 graus.

Pernambuco, Ceará e o Rio Grande do Norte são os Estados com maior atividade sísmica do Brasil. Estudos da Universidade Federal do Rio Grande do Norte já identificaram falhas geológicas e vários fragmentos de rochas antigas sob a Região Nordeste, que favorecem os abalos. Os eventos ocorrem por acomodações nas camadas geológicas e são sempre de baixa profundidade.



Terremotos no Brasil

Entre 15 e 20 sismos são registrados anualmente no Brasil, a maioria com magnitude próxima a 2.5 graus.



O país possui uma rede sismográfica muito pequena, incapaz de apresentar dados estatísticos satisfatórios e muitos sismos de pequena magnitude não são detectados, principalmente quando ocorrem em regiões distantes ou isoladas.

Um aumento na quantidade de estações revelaria um cenário bastante diferente, com um número de tremores bem maior do que o registrado atualmente.











Maior terremoto no Brasil

O terremoto mais intenso já registrado no Brasil ocorreu em Porto dos Gaúchos, no norte de Mato Grosso, em 31 de janeiro de 1955. Na ocasião os sismógrafos registraram 6.2 graus de magnitude.

O Estado de São Paulo também já registrou abalos significativos. Em 1922 um violento abalo de 5.2 graus foi registrado na cidade de Mogi-Guaçu e em 22 de abril de 2008, outro tremor de 5.2 graus ocorrido no litoral paulista foi sentido com muita intensidade em diversas cidades do Estado, além de Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.





Foto: Praça da Matriz, Belém de Maria (PE). O município registrou cerca de 60 tremores de terra em quatro dias. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte deverá instalar seis sismógrafos na cidade para estudar o fenômeno. Crédito: Governo de Pernambuco. Na sequência, mapa neotectônico mostra diversas falhas geológicas em território brasileiro: BR 24, 25, 26, 27, 28, 29 e BR 47. Chama a atenção a falha BR 47, localizada no norte do Estado de Minas Gerais e situada à margem esquerda do rio São Francisco. A falha se localiza exatamente abaixo da cidade de Itacarambi, onde ocorreu o sismo de 9 de dezembro de 2007.

sábado, 3 de abril de 2010

O NOVO BIG-BANG!!!

Físicos querem aumentar colisões de partículas dentro do LHC 

Um dia depois de uma das mais importantes experiências da história da ciência, a colisão de prótons utilizando o maior acelerador de partículas do mundo simulando o momento do Big Bang, os cientistas querem mais. Nesta quarta-feira (31), físicos da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern, em francês), aumentaram a meta de colisões de prótons e querem saltar de 50 para 300 choques por segundo.





LHC - Grande colisor de Hádrons
LHC - ACELERADOR DE PARTÍCULAS


conseguiram promover choques de 7 trilhões de elétron-volts (7 TeV), 
e se aproximaram muito do que 
pode ter ocorrido na grande explosão que deu origem ao Universo 
há 13,7 bilhões de anos. 
Os testes ocorreram no Cern, na fronteira da Suíça com a França 
e foi acompanhado com enorme entusiasmo.
Dentro de um túnel de 27 km a 100 metros abaixo da superfície,
os prótons foram acelerados na velocidade da luz e deram 11 mil 
voltas por segundo. Agora, 
os resultados poderão ser analisados por milhares de cientistas.
Novas provas vão continuar até o final de 2011 que vem quando
serão suspensas por um ano para que o Grande Colisor de 
Hádrons (LHC) seja então preparado 
para outras colisões ainda mais ousadas.
"Estamos nos aproximando de fronteiras científicas cada vez 
mais novas", declarou um porta-voz do Cern, James Gillies.

 

O LHC começou a simular a origem do Universo em setembro de 
2008, mas por causa de um problema de superaquecimento parou 
de funcionar em dez dias. O Grande Colisor de Hádrons ficou parado
por 14 meses e voltou a operar em 21 de novembro de 2009.
A grande experiência da colisão de prótons na velocidade da luz 
dentro da gigantesca máquina era ansiosamente aguardada para 
este ano. 



Fim do mundo
Apesar da frustração dos alarmistas de plantão, que acreditavam 

que a colisão entre os prótons criaria um pequeno buraco negro 
com consequências catastróficas para a humanidade, alguns ainda
mantêm a esperança de que o pior ainda esteja por vir.
Um deles é o físico americano Walter Wagner, um dos maiores 
oponentes ao experimento. De acordo com Wagner, os pequenos
buracos negros não se formariam com velocidades abaixo de 
8 Tev (Tera Eletron-volts), mas apenas quando o acelerador 
atingir à velocidade máxima de 14 TeV para o qual foi projetado.
De acordo com o cronograma, o LHC deve funcionar por dois anos 
sem interrupção a 7 TeV. Em seguida será desligado por alguns 
meses e só depois disso é que retornará à operação, até que o 
objetivo de colisões a 14 TeV seja alcançado.
Em 2008, Wagner entrou na justiça do Havaí para suspender 
as operações do acelerador de partículas. O motivo alegado era 
falhas na documentação que atestaria a segurança do equipamento. 
O pedido foi negado pela justiça havaiana, já que a participação 
americana no LHC não é suficiente para que a justiça do país possa 
interferir no andamento do projeto. 


Foto: No topo, imagem de parte do maior acelerador de partículas do mundo, 
o Grande Colisor de Hádrons (LHC). Em 30 de março de 2010, uma experiência
inédita conseguiu simular através do choque de partículas o momento do 
Big Bang, a grande explosão que deu origem ao Universo. Agora, os 
cientistas querem aumentar a meta de colisões de prótons de 50 para 
300 choques por segundo.
Na experiência inédita da terça-feira, 30/03, os cientistas 

Terremotos: Turquia tenta se preparar para o Big One

Dois grandes terremotos ocorridos por movimentos tectônicos distintos 
fizeram o começo de 2010 entrar para a história. 
Em dois meses, o mundo acompanhou atônito duas enormes tragédias. 
O abalo de 7 graus de magnitude no Haiti em 12 de 
janeiro foi provocado 
pelo deslizamento das placas Caribenha e Norte-Americana 
e deixou pelo
menos 230 mil mortos. 
O terremoto de 8.8 graus do Chile em 27 de fevereiro foi o segundo mais forte 
do país e aconteceu com devido ao mergulho da placa de Nazca abaixo 
da placa Sul-Americana. Por sua localização, mais afastado da costa, 
o número de vítimas fatais foi inferior ao do Haiti, não ultrapassando mil 
pessoas. 
 



Vista 
panorâmica da cidade de Istambul
Vista panorâmica da cidade de Istambul















O Haiti convive com inúmeros problemas decorrentes do terremoto 
de janeiro e o Chile vai precisar de pelo menos três anos para 
reconstruir as cidades mais atingidas.
Outras diversas partes do mundo vivem a mesma vulnerabilidade e 
a incerteza de quando um grande abalo irá acontecer. 
Algumas localizações são mais propensas a terremotos e esperam por eles. 
A falha de San Andreas, na Califórnia, é uma dessas zonas e aguarda 
ao que os estudiosos chamam de “Big One”, ou "O Maior".

Turquia
Concentrando grandes esforços para minimizar os danos de um 

intenso terremoto, a Turquia vem se preparando também para o seu
“Big One”. 
O país está sobre a falha de Anatólia do Norte, uma região semelhante 
à falha 
de San Andreas e extremamente frágil. Ali, no último dia 8 de março, um 
terremoto moderado de 5,9 graus de magnitude no leste da Turquia deixou 
51 mortos.
Istambul, capital européia do país, convive com contrastes, analisa 
Mustafa Erdik, diretor de um instituto de engenharia de terremotos da 
cidade. 
Erdik liderou um estudo onde mapeou uma situação na qual um 
terremoto poderia matar de 30 a 40 mil pessoas e ferir 120 mil.




Falha de Anatólia
 

















Contrastes
Existe o lado moderno da cidade com construções já preparadas 

para suportar um grande terremoto, como o imenso terminal do aeroporto.
No entanto, dezenas de milhares de prédios por toda a metrópole 
não estão preparados para fortes tremores. A população saltou de 
1 milhão para 
10 milhões em 50 anos e os edifícios foram construídos às pressas sem
preocupação e com uso de materiais de baixa qualidade. 
Os monumentos antigos de Istambul também estão na lista da destruição.
Em 1999, um terremoto na cidade de Izmit, a 80 quilômetros de 
Istambul matou 18 mil pessoas, sendo mil nos arredores da cidade 
e aconteceu exatamente na falha de Anatólia do Norte, que passa sob 
o Mar de Mármara. Um levantamento geológico dos Estados Unidos 
identificou um padrão de sismos sucessivos nesta falha semelhante 
ao da falha de San Andreas, na Califórnia.

Plano de Emergência
A equipe de Erdik e pesquisadores de três outras universidades

da Turquia elaboraram um plano mestre para terremotos colocando
Istambul entre as cidades do mundo que estão tentando se 
antecipar ao risco. Uma exceção ao lado de cidades mais ricas 
como Los Angeles e Tóquio.
Na prática são códigos de construção mais rígidos, seguro 
obrigatório contra terremoto e empréstimos de bancos de 
desenvolvimento internacionais para reforço ou substituição 
de escolas e outros prédios públicos. Em bairros pobres, 
também há um trabalho com o treinamento de dezenas de 
equipes de voluntários em bairros pobres, a entrega de kits 
de primeiro socorros e equipamentos como rádios e pés-de-cabra.
Na previsão de um grande terremoto no país, 30 mil linhas de 
gás natural provavelmente vão se romper gerando mais de 
3 mil focos de incêndio, alerta Mahmut Bas, que lidera o 
Departamento de Terremoto e Análise do Solo de Istambul. 
Ainda assim, os esforços em manter em pé postos do corpo 
de bombeiros, hospitais e escolas são prioridade nos planos 
emergenciais do país.


Fotos: No topo, vista panorâmica da cidade de Istambul, 

às margens do Estreito de Bósforo, principal ligação entre 
a Àsia e a Europa. Acima, gráfico comparativo mostra a 
semelhança entre as falhas de Anatólia do Norte e falha de 
San Andreas, na costa da Califórnia. Os valores apresentados 
indicam a movimentação relativa anual entre as falhas. 
Créditos: Wikimedia Commons/USGS/Apolo11.com.
 
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/terremotos_globais.php?posic=dat_20100309-184831.inc

DA DERIVA CONTINENTAL À TECTONIA DE PLACAS

 A PANGÉIA


A idéia de que os continentes não estiveram sempre na mesma posição em que se encontram foi proposta pela primeira vez em 1596, pelo holandês Abraham Ortelius, que sugeriu que Américas foram cortadas e afastadas da Europa e da África pela ação dos terremotos. Já naquela ocasião Ortelius dizia que "os vestígios da ruptura eram fáceis de verificar, bastando que se examinasse um mapa-múndi com bastante atenção".



Pangeia
 
 
 

Entretanto, somente após a publicação de uma teoria chamada "Deriva dos Continentes", proposta pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener em 1912 é que a idéia do movimento dos continentes foi cientificamente considerada. A teoria argumentava que há cerca de 200 milhões de anos havia um único supercontinente chamado Pangeia, que começou a se partir.
Da mesma forma que Ortelius três séculos antes, Wegener também se apoiava em grande parte pelo encaixe absolutamente notável entre as costas da América e da África. Entretanto, o alemão também estava intrigado com enorme semelhança das estruturas geológicas, fósseis, plantas e animais encontrados tanto na América do Sul como na África, atualmente separados pelo Oceano Atlântico.


Alfred Lothar
 WegenerPara Wegener, era fisicamente impossível que aqueles organismos tivessem nadado ou sido transportados através de tamanha distância oceânica. Para o cientista, a presença de idênticas espécies ao longo das costas africana e sul americanas eram a evidência que faltava para provar que alguma vez os dois continentes já estiveram unidos.

O rompimento de Pangéia

No entender de Wegener, a fratura de Pangeia explicava a existência dos fósseis semelhantes em ambos os continentes e também as diversas evidências de mudanças climáticas. De acordo com Wegener, a descoberta de fósseis de plantas tropicais em depósitos de carvão na Antártida mostrava que o continente gelado já esteve alguma vez próximo ao equador, onde o clima temperado permitiu seu desenvolvimento. Além disso, depósitos de materiais glaciares nas regiões áridas da África reforçaram ainda mais a teoria Deriva dos Continentes.

 
DERIVA CONTINENTAL


O movimento dos continentes é marcadamente visível à superfície pela grande deformação da crosta, em particular, nas grandes cadeias ou cinturas montanhosas (Himalaias, Andes, Atlas, etc.).
Há algumas décadas, a maior parte dos cientistas acreditava que os continentes e as bacias oceânicas eram estruturas permanentes da Terra, fixas, e a teoria da deriva continental era considerada uma ideia radical.
A teoria das placas tectónicas (sucessora da teoria da deriva continental) trouxe uma mudança muito extensa na nossa compreensão da Terra e das forças que produziram a sua forma à superfície. Vários autores consideram esta mudança conceptual tão profunda, como a que se produziu quando Darwin, no século XIX, apresentou a sua teoria para a evolução das espécies animais, ou quando Copérnico, no século XVI, determinou que a Terra não era o centro do Universo.
O conceito da deriva continental é uma ideia antiga. Desde que se traçaram os primeiros mapas, os cientistas notaram que as costas dos continentes, em particular a África e a América do Sul, se ajustavam perfeitamente, como peças de um "puzzle", se pudessem ser movimentadas.

O francês António Snider-Pelligrini, foi o primeiro a estudar esta ideia com alguma profundidade, tendo apresentado no seu livro, Creation and its Mysteries Revealed (1848), o aspecto que os continentes teriam antes de se terem separado. Ele apresentou evidências de fósseis, na Europa e na América do Norte, mas baseou o seu raciocínio no dilúvio da Arca de Noé.

A ideia pareceu tão disparatada aos cientistas da época, e ao público em geral, que foi abandonada e esquecida durante 50 anos. A teoria foi, pela primeira vez considerada séria, quando o geólogo americano Frank B. Taylor apontou vários factos Geológicos que poderiam explicar a deriva continental.
Esquema de evolução da posição dos continentes

Contudo foi Alfred Wegner (1880-1930), um meteorologista alemão, o primeiro a investigar exaustivamente a ideia da deriva continental, e a convencer os outros cientistas a considerá-la séria. No seu livro The Origin of the Continents and Oceans, publicado em 1915, ele propunha a ideia de que os diversos continentes que hoje conhecemos, estiveram no passado unidos num único.

A partir deste único continente, primeiro por partição logo seguida de separação, formaram-se os continentes actuais. Esta teoria é conhecida pelo nome de deriva continental. Ao continente original chamou Pangea e, baseando-se numa grande variedade de dados geológicos (evidências fósseis, paleoclimáticas, etc.), propôs que a sua partição começou há cerca de 200 Ma. Uma das razões sobre a qual se apoia esta teoria, é que na realidade os continentes encaixam uns nos outros como as peças de um "puzzle" e podemos juntá-los todos num único bloco.

Os argumentos relacionados com a partição do supercontinete Pangea e a teoria da deriva continental foram suportados por muitas evidências importantes resultantes de estudos geológicos regionais.

A teoria proposta por Wegner foi sobretudo atacada por não conseguir explicar como se podem os continentes se moverem ao longo de tantos quilômetros. Durante cerca de 30 anos esta teoria quase que foi abandonada devido ao ceticismo ao seu redor, e só nos anos 60 inicia-se o renascimento destas ideias, transformadas agora numa nova teoria batizada com nome de "tectônica de placas".

Nesta teoria o que se move é a litosfera, isto é, os primeiros 100 km e o seu movimento é possível devido à existência das camadas viscosas da artenosfera. A separação dos continentes é levada a cabo pela criação de nova crosta oceânica que vai ocupando o espaço que fica entre os continentes que se separam.

Devido ao fato de nesta teoria se formar nova crosta oceânica na separação dos continentes, de início denominou-se esta teoria por "alastramento oceânico". 

A teoria da Tectônica de Placas

Essa teoria postula que a crosta terrestre, mais precisamente a litosfera -que engloba toda a Crosta e a parte superior do Manto, até cerca de 100 km de profundidade -está quebrada em um determinado número de placas rígidas, que se deslocam com movimentos horizontais, que podem ser representados como rotações com respeito ao eixo que passa pelo centro da Terra.



Essas movimentações ocorrem porque a Litosfera, mais leve e fria, praticamente “flutua” sobre o material mais quente e denso e parcialmente fundido, existente no topo da Astenosfera.É nessa parte viscosa, dos primeiros 200 km da Astenosfera, que são geradas as correntes de convecção, supostamente o mecanismo que proporciona a movimentação das placas tectônicas.

As placas deslizam ou colidem uma contra as outras a uma velocidade variável de 1 a 10 cm/ano. Nas regiões onde elas se chocam ou se atritam, crescem os esforços de deformação nas rochas e, periodicamente nesses pontos, acontecem os grandes terremotos. Justamente nos limites das placas tectônicas, ao longo de faixas estreitras e contínuas, é que se concentra a maior parte da sismicidade de toda a Terra.É também próximo das bordas das placas que o material fundido (magma), existente no topo da Astenosfera, ascende até a superfície e extravaza-se ao longo de fissuras, ou através de canais para formar os vulcões. Apesar de os terremotos e vulcões normalmente ocorrerem próximo aos limites das placas, exepcionalmente, podem acontecer super terremotos nas regiões internas das placas.
Fundamentalmente existem 3 tipos de contactos entre as placas tectônicas propocionados por movimentações com sentido divergente, convergente, de deslocamento horizontal ou falha transformante.


Movimento entre Placas Divergentes
Ocorre quando as placas se movimentam para direções contrárias entre si. Esse processo acontece principalmente nas áreas ao longo das cadeias meso-oceânicas. Essas cadeias são extensas elevações submarinas, cuja topografia é muito mais acentuada e exuberante do que as tradicionais zonas montanhosas existentes nos continentes - podem alcançar mais de 1.000 km de largura e 20.000 km de extensão e sua crista é marcada por profundas fendas ou fissuras.

Quando as placas se afastam uma da outra, o material em estado de fusão - o magma - existente no topo da astenosfera, sobe através das fendas, situadas na crista das cadeias submarinas, e extravasa-se formando um novo fundo oceânico.

Movimento de Placas Convergentes

Este caso ocorre quando duas placas se chocam. Na maior parte das vezes, uma delas desliza por debaixo da outra, formando profunda trincheira que penetra pelo fundo oceânico. A placa inferior desliza no interior da astenosfera segundo um plano inclinado - entre 40ºa 60º com relação a horizontal. Essa região de junção de placas recebe o nome de Zona de Subdução ou Zona de Benioff-Wadati. Mais de 3/4 dos terremotos do mundo ocorrem nesse tipo de limite de placas. É aí também que se encontram os sismos de foco profundo, com 300 a 700 km de profundidade.Ao subsidir para zonas mais profundas da astenosfera a placa rígida encontra altas temperaturas podendo ser parcialmente fundida. Esse novo magma, que é menos denso que as rochas circunvizinhas, sobe através de zonas de fraqueza da crosta e extravasa-se sob a forma de vulcões. Aproximadamente 2/3 das erupções vulcânicas conhecidas ocorrem nesse tipo de limite de placas.
Exemplo clássico de placas convergentes é a de Nazca e a da América do Sul. A interação do movimento dessas placas possibilitou a formação da Cadeia Andina e a trincheira oceânica Chile-Peru.

Movimento Horizontal ou de Falha Transformante

Separa placas que estão se deslocando lateralmente. O atrito entre as placas é grande de modo que podem ocorrer grandes esforços e deformações nas rochas que, periodicamente, são liberados por meio de grandes terremotos.Para esse caso, o melhor exemplo é a falha de Santo André, na California, limitando a Placa Americana, com movimento geral na direção SE, da Placa do Pacífico, com movimento geral na direção NW.

A ESCALA RICHTER

A escala de Richter foi desenvolvida em 1935 pelos sismólogos Charles Francis Richter e Beno Gutenberg, ambos membros do California Institute of Technology (Caltech), que estudavam sismos no Sul da Califórnia.
Representa a energia sísmica liberada durante o terremoto e se baseia em registros sismográficos.

A escala Richter aumenta de forma logarítimica, de maneira que cada ponto de aumento sigifica um aumento 10 vezes maior. Dessa forma, um sismo de magnitude 4 é 100 vezes maior que um de 2. No entanto, é importante salientar que o que aumenta é a amplitude das ondas sismográficas e não a energia liberada. Em termos gerais a energia de um terremoto aumentaria um fator 33 para cada grau de magnitude, ou aproximadamente 1000 vezes a cada duas unidades.

 
MagEscala Richter e efeitos associados
1 Não é sentido pelas pessoas. Só os sismógrafos registram
2 É sentido nos andares mais altos dos edifícios
3 Lustres podem balançar. A vibração é igual à de um caminhão passando
3.5 Carros parados balançam, peças feitas em louça vibram e fazem barulho
4.5 Pode acordar as pessoas que estão dormindo, abrir portas, parar relógios de pêndulos e cair reboco de paredes
5 É percebido por todos. As pessoas caminham com dificuldades, livros caem de estantes; os móveis podem ficar virados
5.5 As pessoas têm dificuldades de caminhar, as paredes racham, louças quebram
6.5 Difícil dirigir automóveis, forros desabam, casas de madeira são arrancadas de fundações. Algumas paredes caem
7 Pânico geral, danos nas fundações dos prédios, encanamentos se rompem, fendas no chão, danos em represas e queda de pontes.
7.5 Maioria dos prédios desaba, grandes deslizamentos de terra, rios transbordam, represas e diques são destruídos
8.5 Trilhos retorcidos nas estradas de ferro, tubulações de água e esgoto totalmente destruídas
9 Destruição total. Grandes pedaços de rocha são deslocados, objetos são lançados no ar



 
Baseando-se na teoria de Wegener, o professor Alexander Du Toit, da Universidade de Johanesburgo, propôs que inicialmente o supercontinente Pangéia se rompeu e se dividiu em dois grandes continentes: a Laurásia, no hemisfério Norte e Gondwana no hemisfério sul. Com o passar do tempo ambos os continentes continuaram a se partir, dando origem aos continentes que hoje conhecemos.