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sexta-feira, 28 de maio de 2010

Desafio National Geographic 2010 - Olimpíada de Geografia

O que é

Desafio National Geographic é a maior olimpíada de Geografia do Brasil. Em sua terceira edição, o evento integra o projeto Viagem do Conhecimento, idealizado pela revista National Geographic Brasil e realizado pela Editora Abril.

Objetivos

- Estimular jovens estudantes de Ensino Fundamental e Ensino Médio, com seus núcleos familiares e escolares, a conhecer melhor o espaço, o país e o mundo onde vivem;

- Disseminar a cultura de viagem como experiência para ampliar o conhecimento do Brasil e do mundo;

- Contribuir para a melhoria da qualidade de ensino da disciplina de Geografia e áreas afins;

- Propiciar o enriquecimento do trabalho de professores em escolas públicas e particulares, contribuindo para sua valorização profissional;

- Incentivar estudantes e educadores a avaliarem as relações sociedade-natureza sob uma perspectiva crítica, ética, solidária e sustentável.

Desafio National Geographic é a maior olimpíada de Geografia do Brasil. Em sua terceira edição, o evento integra o projeto Viagem do Conhecimento, idealizado pela revista National Geographic Brasil e realizado pela Editora Abril.



Como participar

- O Desafio National Geographic 2010 é aberto a alunos regularmente matriculados no oitavo e nono anos (antigas sétima e oitava séries) do Ensino Fundamental e na primeira série do Ensino Médio.

- Alunos não podem se inscrever individualmente. As inscrições das escolas devem ser feitas pelo professor de Geografia, coordenador pedagógico, vice-diretor ou diretor. Basta clicar em FAZER INSCRIÇÃO. Este educador passa então a ser o responsável por todas as atividades do concurso na escola. Ele terá uma senha exclusiva que permitirá o acesso à Área Restrita, onde poderá fazer o download de provas, certificados e sugestões de atividades relacionadas.

- Uma mesma escola não pode se inscrever mais de uma vez.

- O Desafio é realizado em três etapas: Local, Regional e Final, conforme previsto no Calendário.

- Na fase Local, o próprio educador responsável se encarrega de baixar, imprimir, aplicar e corrigir as provas disponibilizadas na Área Restrita.

- Na fase Regional, os alunos selecionados se deslocam para Escolas-Sedes, responsáveis por aplicar as provas. Nesta etapa, a organização do Desafio imprime e envia as provas para cada Escola-Sede.

- Todas as escolas inscritas podem se candidatar voluntariamente a Escola-Sede. Basta preencher o Formulário na Área Restrita.

- Na fase Final realizada em São Paulo ou em outra cidade indicada pelo Comitê Gestor, as provas são impressas, aplicadas e corrigidas pela Equipe Pedagógica do Desafio.


O que estudar

Os principais assuntos que serão contemplados nas provas do Desafio 2010 podem ser pesquisados na Matriz de Referência, como relações sociedade-natureza, usos dos recursos naturais, sustentabilidade, cidades, patrimônios culturais da humanidade, inovações nos sistemas de energia, transportes, comunicações e informações, a mobilidade espacial e a constituição de uma escala global de relações humanas, além de habilidades de leitura, produção e interpretação de mapas e textos em diferentes gêneros.


Calendário

5/2 Início das inscrições

1/6 Término das inscrições

2/6 Download da 1ª prova disponível na área restrita do www.viagemdoconhecimento.com.br

9/6 1ª prova – Fase Local

10/6 Divulgação das escolas-sede da Fase Regional

11/6 Divulgação do gabarito da Fase Local

18/6 Prazo final para cadastramento dos alunos para a Fase Regional

2/7 Início do envio da prova da Fase Regional para as escolas-sede

21/8 Realização da prova Fase Regional

27/8 Prazo final para envio dos gabaritos daFase Regional

10/9 Prazo final para correção dos gabaritos da Fase Regional

22/9 Divulgação dos finalistas para Fase Final em São Paulo-SP

14 a 16/10 Fase Final em São Paulo: prova da Fase Final e evento de premiação


Prêmios

Os alunos selecionados nas fases Local e Regional são premiados com uma viagem a São Paulo ou outra cidade brasileira indicada pelo Comitê Gestor, acompanhados de seus pais e professores responsáveis, onde será disputada a fase Final. Em São Paulo, haverá uma intensa programação cultural pelos principais pontos turísticos da cidade, além de um Trabalho de Campo acompanhado pela Equipe Pedagógica do Viagem do Conhecimento.

AS ILHAS TUVALU E OS EFEITOS DO AQUECIMENTO GLOBAL

Ilhas do Pacífico submersas devido ao aquecimento climático
Costas corroídas, lençóis freáticos salinizados, primeiros êxodos de refugiados “climáticos”: o aquecimento climático já é uma dura realidade para a maioria dos insulares do Pacífico. Do mesmo modo, é dada prioridade a programas que permitam a esta população e ao seu ambiente adaptar-se à nova situação climática. Estes programas beneficiam do apoio da União Europeia.




Todos os domingos, uma centena de imigrantes do Tuvalu se reúne para a missa em Te Atatu South, uma localidade da periferia a oeste da cidade de Auckland. Nas dependências do centro que lhes foi emprestado pelo Lion's Club, as famílias se instalam em esteiras colocadas diretamente no chão, para acompanharem a pregação, na qual a única língua praticada é o tuvaluano. Algumas das mulheres estão enfeitadas com uma flor de pluméria, um arbusto de aroma almiscarado, nos cabelos, enquanto a maior parte dos fiéis fala entre si na língua do seu país de origem.
O arquipélago de Tuvalu, um Estado da comunidade britânica situado a alguns milhares de quilômetros ao norte da Nova Zelândia, é uma das menores nações que existem no mundo, pelo seu tamanho -26 km2 de superfície terrestre- e a sua economia. Ela não conta com mais do que 11.000 habitantes, distribuídos por 9 ilhas e atóis de recifes de corais. Mas, segundo o mais recente censo, o número dos imigrantes do Tuvalu que vivem hoje na Nova Zelândia já passou para mais de 2.600, ou seja, eles são cinco vezes mais numerosos do que quinze anos atrás. Além disso, o seu número poderia aumentar ainda mais, pois a comunidade está preocupada.



Da mesma forma que o arquipélago de Kiribati ou as ilhas Marshall, mais ao norte, Tuvalu integra o conjunto dos pequenos países do Pacífico que estão ameaçados pelo aquecimento climático. Segundo o Grupo de Peritos Intergovernamental sobre a Evolução do Clima (cuja sigla em francês é GIEC), o nível médio dos oceanos deverá subir numa proporção de 18 a 59 centímetros daqui até 2100. Para estas ilhas, situadas exatamente acima do nível do mar, isso seria uma catástrofe. "Nenhum local em Tuvalu está situado a mais de 5 metros de altitude. As áreas situadas a apenas 50 centímetros acima do nível do mar irão sofrer enchentes permanentes no decorrer deste século", afirma John Hunter, um oceanógrafo na universidade da Tasmânia.Tradicionalmente, os habitantes de Tuvalu costumavam emigrar por razões econômicas, uma vez que as chances de desenvolvimento no arquipélago sempre foram limitadas. Durante muito tempo, eles migraram para a ilha de Nauru -entre os atóis de Tuvalu e da Papua-Nova Guiné- para trabalharem nas minas de fosfato. Mas, já faz alguns anos, a ameaça climática tornou-se um motivo adicional para o seu exílio. Misalaima Seve, que é originária de Fongafale, o atol onde fica Funafuti, a capital do Tuvalu, diz que acabou optando por ir embora de lá por temer a subida das águas."Eu comecei a ver muitas coisas mudarem. Agora, o mar passou a encobrir a terra por ocasião das grandes marés", garante esta mulher idosa, falando num inglês hesitante.

Silou Temoana, que está instalada há alguns anos na Nova Zelândia, afirma, por sua vez, ter observado diversas mudanças em sua ilha de Niutao, ao norte do Tuvalu. "A quantidade de terras está menor do que quando eu era criança, e, ao mesmo tempo, aumentou o número de pessoas. Está se tornando cada vez mais difícil cultivar plantas a contento". Telaki Taniela, um pai de família que vive com os seus cinco filhos num bairro da periferia de Auckland, faz uma constatação similar: "Eu fui embora do Tuvalu porque estava ficando preocupado com o aquecimento climático. Hoje, as grandes marés são mais freqüentes. Não faltam aqueles, em Tuvalu, que se recusam a acreditar nisso, que chegaram à conclusão de que Deus jamais permitirá que isso aconteça. Mas, cedo ou tarde, eles serão obrigados a se conscientizarem da situação".

Observações por satélite e por meio de medidores vêm sendo realizadas já faz cerca de quinze anos na tentativa de se medir a elevação do nível do mar, mas este período seria curto demais para se tirar quaisquer conclusões, avisam os cientistas. "As estimativas que nós temos apontam que, de 1950 a 2001, o nível do mar subiu, em média, 2 milímetros por ano. Mas, por causa da aceleração da elevação do nível do mar que nós passamos a observar nos últimos tempos, o fenômeno poderia agravar-se em Tuvalu", explica John Hunter.

Alterações no ecossistemaNa opinião de Simon Boxer, que foi encarregado de estudar a questão pelo Greenpeace da Nova Zelândia, este, de qualquer forma, não é o único perigo que ameaça a região: "As populações das pequenas nações do Pacífico vão estar confrontadas a alterações no seu ecossistema antes mesmo de serem inundadas, tais como a salinização do seu sistema de abastecimento de água e das suas áreas cultivadas". Um outro risco é a recorrência de fenômenos climáticos extremos, que poderiam ser devastadores para essas pequenas ilhas.

Contudo, o aquecimento climático não seria a única causa de desastres potencial. Os cientistas apontam igualmente para a ameaça que representam as más práticas de ocupação do solo na ilha da capital. "Desde a independência, em 1978, a população passou de 700 para 5.000 habitantes em Fongafale. Além disso, a construção de calçadas acabou modificando os traçados das marés", comenta John Connell, um geógrafo na universidade de Sydney e especialista nas ilhas do Pacífico. Para Chris de Freitas, um professor na escola de geografia da universidade de Auckland, "enchentes vêm ocorrendo da maneira evidente nas ilhas do Tuvalu, mas, neste caso, não é exatamente o aquecimento climático provocado pelo homem que está na origem deste fenômeno. Elas são o resultado da erosão e de projetos imobiliários que vêm provocando um afluxo da água do mar".

Este é um ponto de vista que poucos imigrantes parecem estar dispostos a ouvir, pois muitos deles estão convencidos de estarem pagando o preço necessário para adquirir o modo de vida dos países ocidentais. Há alguns anos, o governo de Tuvalu havia até mesmo ameaçado entrar com uma ação na justiça contra a Austrália e os Estados Unidos por estes não terem ratificado o Protocolo de Kyoto. Fala Haulangi, uma das principais lideranças da comunidade tuvaluana em Auckland, não admite qualquer questionamento: "Nós não nos valemos do pretexto do aquecimento climático para emigrar. Os nossos familiares e os habitantes mais idosos estão bem lá onde estão nas suas ilhas, eles não têm a menor vontade de irem embora de lá". E Telaki Taniela acrescenta: "Nós deveríamos pleitear o estatuto de refugiados climáticos, pois nós pertencemos a uma nação limpa, que tem sido vítima das ações dos grandes países".

Por enquanto, a Nova Zelândia autoriza anualmente 75 imigrantes do Tuvalu a se instalarem em seu território -em função de um programa de imigração para as ilhas do Pacífico-, sem, contudo, reconhecer seu direito ao estatuto de refugiados ambientais. Em Auckland, a comunidade do Tuvalu organiza regularmente cerimônias e festas noturnas tradicionais com as quais ela tenta preservar a sua cultura. "A migração pode ser uma solução, mas se o nosso país for submerso, as nossas tradições correm o risco de perder-se, pois elas serão absorvidas pela cultura do país onde nós estaremos instalados", teme Silou Temoana.

Na Nova Zelândia, poucos são aqueles, entre os membros da nova geração, que planejam retornar ao arquipélago dos seus pais.

Fonte: Le Monde - Tradução: Jean-Yves de Neufville - De Marie-Morgane Le Moël - Enviada especial do Le Monde a Auckland (Nova Zelândia)


PAÍSES COSTEIROS

Além das ilhas-nações, países costeiros baixos também estão ameaçados pela elevação do nível do mar. Em 2000, o Banco Mundial publicou um mapa demonstrando que um aumento de 1 metro no nível do mar inundaria metade dos arrozais de Bangladesh. Com a previsão de um aumento de até 1 metro para este século, a população de Bangladesh seria forçada a migrar, não em milhares e sim em milhões. Para um país de 134 milhões de habitantes, já figurando entre os países de maior densidade populacional do mundo, a experiência seria traumática. Para onde iriam esses refugiados climáticos?

O cultivo do arroz em baixadas ribeirinhas em outros países asiáticos também seria afetado, incluindo a Índia, Tailândia, Vietnã, Indonésia e China. Uma elevação de 1 metro no nível do mar colocaria mais de um terço de Xangai submersa. Na China como um todo, 70 milhões de pessoas estariam vulneráveis a 100 anos de ressacas. O efeito do aumento do nível do mar mais fácil de ser medido é a inundação de áreas costeiras. Donald F. Boesch, do Centro de Ciências Ambientais da Universidade de Maryland, EUA, calcula que, para cada milímetro de elevação, a faixa litorânea regride, em média, 1,5 metro.

Assim, caso o nível do mar se eleve em 1 metro, o litoral recuará 1.500 metros. Com tamanha elevação, os Estados Unidos perderiam 36 mil km2 de terra com a perda maior nos Estados do Atlântico e do Golfo. Grandes áreas de Manhattan e o Capitólio em Washington, D.C., seriam inundados pela água do mar, com 50 anos de ressacas. Uma equipe do Woods Hole Oceanographic Institute calculou a perda de terra em Massachusetts pela elevação do mar, à medida que o aquecimento avança.

Utilizando as modestas projeções de elevação do nível do mar até 2025, da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos, a equipe calculou que Massachusetts perderia 7.500 a 10 mil acres (3.035 a 4.047 hectares) de terra. Com base apenas na estimativa menor e num valor nominal da terra de US$ 1 milhão por acre para terrenos frontais ao oceano, isso significará uma perda de, no mínimo, US$ 7,5 bilhões em propriedades de alto valor. Algumas das 72 comunidades costeiras incluídas no estudo perderiam muito mais terras do que outras. Nantucket poderia perder mais de 6 acres e Falmouth, 3,8 acres, anualmente.

EUA X MUNDO

Os valores imobiliários costeiros, provavelmente, serão um dos primeiros indicadores econômicos a refletirem a elevação do nível do mar. Aqueles com grandes investimentos em propriedades de praia serão os mais afetados. Uma elevação de meio metro nos Estados Unidos causaria perdas entre US$ 20 bilhões e US$ 150 bilhões. Propriedades de praia, da mesma forma que usinas nucleares, estão se tornando impossíveis de serem asseguradas, como muitos proprietários na Flórida já descobriram.

Muitos países em desenvolvimento, que já lidam com crescimento populacional e competição intensa por espaço para moradia e cultivo, hoje, se defrontam com a perspectiva do aumento do nível do mar e perdas substanciais de terra. Alguns dos países mais diretamente afetados foram os menos responsáveis pelo acúmulo do CO2 atmosférico, causador desse problema. Enquanto os americanos enfrentam perdas de propriedades valiosas à beira da praia, os povos de ilhas baixas se defrontam com algo muito mais grave: a perda da sua nacionalidade.

Eles estão aterrorizados com a política energética dos Estados Unidos, considerando os EUA uma nação, indiferente à sua adversidade e sem disposição de cooperar com a comunidade internacional para a implementação do Protocolo de Kyoto. Pela primeira vez, desde o início da civilização, o nível do mar começou a se elevar numa escala mensurável. Tornou-se um indicador a ser observado, uma tendência que poderá forçar migrações humanas de dimensões inimagináveis. Também suscita questões, jamais enfrentadas pela humanidade, sobre a responsabilidade perante outras nações e as futuras gerações.

Saudações do Prof. Joka a todos os visitantes do Blog de Geografia mais comentado de Floriano.

Estudo diz que mar avança 4 milímetros por ano no Brasil

Olá queridos alunos, mais uma vez o Impactogeo vem trazendo informações valiosas a respeito de temas importantes abordados na Geografia e na nossa atualidade. Desta vez, trago nesse post uma informação a respeito do aumento dos níveis dos oceanos, o que está gerando grande temor nas populações litorâneas. Um estudo desenvolvido pelo Laboratório de Marés e Processos Temporais Oceânicos (Maptolab) do Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo (USP), revelou que o mar na costa brasileira está avançando cerca de 40 centímetros por século, ou 4 milímetros por ano.






A pesquisa se baseou em dados coletados em diversos portos ao longo do litoral do Brasil desde 1980. Os estudiosos levaram em conta as médias de variações diárias, sazonais e anuais do nível do mar, o que permitem uma melhor avaliação local de longo prazo.

Para tanto, foram distribuídas estações permanentes de medição ao longo de toda a costa com a participação de diferentes instituições. O Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias (INPH), a Diretoria e Navegação (DHN) da Marinha do Brasil, o Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o IO participam das pesquisas.





Diversos itens podem influenciar na alteração do nível do mar, entre eles, o volume de água doce presente no oceano em decorrência do degelo polar, a variação de salinidade da água, a alteração de temperaturas em consequência do aquecimento global, fenômenos atmosféricos e oceânicos, como a influência dos ventos e das marés, além do posicionamento das órbitas dos planetas.

O professor e pesquisador Afranio Rubens de Mesquita, do Maptolab, chama a atenção para a variação vertical da crosta terrestre observada durante medições de sua equipe na região de Cananéia, litoral sul de São Paulo. Um movimento de afundamento vertical da crosta de 0,11 centímetros por ano, está elevando o nível do mar em 0,38 centímetros por ano.

Outras séries de medições ao longo do litoral do país indicam a mesma tendência de elevação. O pesquisador explica que esse número é preocupante e que o mar poderá ameaçar toda costa brasileira no futuro. Um estudo em caráter global seria essencial para compreender melhor o problema, mas são muitas as dificuldades e poucos recursos financeiros.


Santa Catarina
Desde o início do mês, ressacas vêm atingindo o litoral de Florianópolis, em Santa Catarina, gerando diversos prejuízos. Na praia da Armação, no sul da Ilha, o mar avançou 10 metros no último sábado (22). Segundo a Defesa Civil, sete casas tiveram que ser interditadas e algumas foram arrastadas pelas águas ainda nesta quarta-feira (26). O Exército e a Marinha estão trabalhando para formar barreiras de contenção com sacos de areia. A passagem de um ciclone extratropical pelo oceano contribuiu para a agitação marítima.

Foto: No topo, destruição causada pelo avanço do mar na praia do Bessa, litoral norte da Paraíba. Os altos muros de proteção servem de barreira para impedir a entrada da água nas casas. Abaixo, o gráfico mostra a elevação do nível do mar na região de Macaé, RJ, entre os anos de 2002 a 2006. Crédito: Apolo11/IBGE.

domingo, 9 de maio de 2010

Terremotos e mais terremotos: eles estão mesmo aumentando?

Apesar dos últimos acontecimentos ocorridos no Haiti, Turquia, Chile e Baixa Califórnia, ou mesmo a série de abalos sucessivos registrados atualmente na Turquia terem chamado a atenção da imprensa e das pessoas de modo geral, não existe qualquer comprovação científica de que os tremores estejam aumentando. Nem este ano, nem nas décadas passadas.




Tremores como o que aconteceu no Chile, de 8.8 graus ocorrem em média duas vezes ao ano em todo o planeta, portanto ainda podemos esperar pelo menos mais um abalo dessa magnitude. A única exceção ocorreu em 2004, quando foram registrados quatro abalos nessa faixa de intensidade. Eventos com magnitude entre 7.0 e 7.9, similares aos registrados na Baixa Califórnia em 4 de abril ou norte de Sumatra, no dia de ontem (7 de abril), ocorrem em média 14 vezes ao ano.

Em 2009 ocorreram 16 abalos nessa faixa e nos últimos 500 anos foram registrados pelo menos uma dúzia deles somente na região caribenha. Um deles, de 7.6 graus (oito vezes mais intenso que o do Haiti), atingiu a República Dominicana em 1946 deixando mais de 20 mil desabrigados.


Fatores principais
Existem diversos fatores que contribuem para a sensação de que os terremotos estejam aumentando, mas a rápida expansão nas telecomunicações e o aumento nas estações registradoras são apontados como o principal responsável por essa impressão. Em 1931, a rede sismográfica mundial contava com menos de 400 estações registradoras e atualmente esse número ultrapassa 4 mil. Somente os EUA possuem 8 mil estações.





Terremotos atuais
Diariamente ocorrem mais de cem terremotos na faixa de 2.5 graus de magnitude ao longo da falha de San Andreas, mas por serem corriqueiros passam praticamente despercebidos. No entanto, depois do terremoto de 7.8 graus ocorrido na Baixa Califórnia no último domingo, o USGS, órgão norte-americano responsável pelo monitoramento sísmico no país passou a divulgá-los diariamente, elevando tremendamente o número de eventos conhecidos e informados pela imprensa.

O incremento de estações e a capacidade de disseminar os dados registrados mais rapidamente através de satélites, telex e internet permitiu aos centros sismológicos localizar pequenos abalos praticamente indetectáveis anos atrás, tornando sua divulgação praticamente imediata, colaborando ainda mais para a sensação de aumento de sismos.

2010
Esse ano está testemunhando uma sequência notável de eventos entre 6.9 e 7.0 graus que estão ocorrendo de forma menos espaçada, mas é necessário mais tempo para avaliar se a quantidade ficará ou não dentro da média. Mesmo assim, é importante destacar que os eventos principais não estão ocorrendo na mesma zona ativa e sim em pontos separados do planeta, sobre placas tectônicas diferentes. O evento do Chile, por exemplo, ocorreu na junção entre as placas sul-americana e de Nazca enquanto que o da Baixa Califórnia ocorreu sobre a falha de San Andreas, ambas distantes do norte de Sumatra, localizada sobre a placa indo-australiana.

Até o presente momento, cientificamente não existe qualquer relação entre os sismos ocorridos e a proximidade entre os eventos só pode ser atribuído ao acaso.


Artes: No topo, tela do site Painel Global mostra o evento de 7.7 graus ocorrido em Sumatra, em 6 de abril de 2010 e grande sismicidade na região da Turquia e Europa. Acima, tabela mostra a quantidade de terremotos ocorridos desde 2000 até 7 de abril de 2010. Crédito: Painel Global/USGS.

Satélite registra ruptura de ponte de gelo na Antártida

Recentemente, as notícias sobre grandes terremotos têm chamado bastante a atenção, revelando enormes rachaduras sobre as quais estão perigosamente assentadas diversas e populosas cidades em todo o mundo. Agora, uma série de imagens de satélites mostra uma nova e repentina cicatriz, que em poucas horas rompeu um gigantesco e maciço bloco de gelo na Antártida.



As fotos, captadas pela agência espacial americana, mostram uma impressionante sequência de eventos ocorridas em menos de 24 horas e que fragmentou em diversos pedaços a a ponte da plataforma de gelo Ronne-Filchner, quatro vezes maior que a cidade de São Paulo.

Na cena, a comprida e estreita língua é uma espécie de ponte de gelo que conecta o iceberg A-23-A à plataforma Ronne-Filchner, localizados na Antártida Ocidental. Construída de gelo marinho a ponte permanece imóvel, uma vez que está anexada à costa, mas sua espessura é muito fina quando comparada ao gelo da plataforma, similar a uma fina casca sobre o oceano.

A diferença de espessura do gelo é visível nas imagens, com a plataforma Ronne-Filchner, mais alta e mais grossa, projetando sombras sobre a ponte de gelo. Este tipo especial de ponte se rompe e se renova regularmente com a chegada do verão no hemisfério sul e apesar de ser um evento comum, não deixa de ser uma visão dramática dos fenômenos que ocorrem em nosso planeta.


Foto: Imagem animado mostra o momento da ruptura da ponte de gelo que liga o iceberg A-23-A à plataforma Ronne-Filchner, na Antártida. As imagens foram feitas entre os dias 12 e 13 de janeiro, em um espaço de tempo de menos de 24 horas. Crédito: Nasa/Jeff Schmaltz/MODIS Rapid Response Team at NASA GSFC/Holli Riebeek.

Quais as chances da Terra ser atingida por um cometa ou asteróide?

O impacto de um cometa ocorrido em julho de 2009 contra o planeta Júpiter produziu em sua atmosfera uma enorme cicatriz do tamanho do planeta Terra e trouxe novamente a questão sobre as consequências que um choque desse tipo teria em nosso planeta.

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Segundo o cientista Donald Yeomans, ligado ao NEO, Programa de Objetos Próximos à Terra, da Nasa, existe atualmente 784 grandes objetos com tamanho superior a 1 quilômetro de diâmetro nas proximidades da Terra e caso qualquer um deles atingisse nosso planeta as consequências seriam catastróficas. "Basta ver o que aconteceu em Júpiter", disse Yeomans. "O objeto que se chocou contra Júpiter tinha aproximadamente esse tamanho".

No entanto, Yeomans lembra que as chances de que um desses grandes objetos atinjam a Terra é muito pequena, mas objetos menores também representam riscos e lembrou que devem existir mais de 100 grandes Neos (objetos próximos à Terra) que ainda não foram descobertos.


Baixo risco
Bilhões de anos atrás os impactos eram muito mais comuns. Nossa Lua, por exemplo, mantêm até hoje o registro desses choques na forma de crateras, enquanto na Terra as cicatrizes estão quase todas encobertas pelas intempéries e dinâmicas geológicas do planeta.

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Hoje em dia o sistema solar é menos congestionado que nos anos de sua formação, mas os grandes planetas por terem mais massa atraem para si os objetos errantes, como faz Júpiter e o Sol.

Atualmente, um dos objetos que mais chama a atenção dos cientistas é um asteróide de 130 metros de comprimento chamado 2007 VK184. Observações recentes sugerem que existe 1 chance em 2940 de que 2007 VK184 se choque contra a Terra nos próximos 50 anos. Segundo os cálculos, o impacto da rocha produziria energia equivalente a 150 milhões de toneladas de TNT, aproximadamente 8 mil vezes a bomba atômica lançada sobre Hiroshima em 1945.

Entretanto, de acordo com Yeomans, à medida que as observações são refinadas os modelos computacionais reduzem as probabilidades de impacto e em pouco tempo as chances de que 2007 VK184 atinja a Terra serão praticamente nulas.


Chances
No entender de Yeomans, o maior problema atual não são os asteróides já catalogados e sim os que ainda não foram descobertos. Os cientistas estimam que deve haver pelo menos 156 grandes objetos com mais de 1 quilômetro a serem descobertos.

Em média, a Terra é atingida por asteróides de 1 quilômetro a cada 500 mil anos e a cada 100 mil anos por objetos maiores que 500 metros. Para objetos menores a taxa de impacto aumenta para 700 anos para objetos de 50 metros e 140 metros para asteróides de até 30 metros. Objetos menores são praticamente incendiados durante a entrada na atmosfera, produzindo as chamadas bolas de fogo.

Impactos gigantescos, como o que pode ter acabado com os dinossauros há 60 milhões de anos são provocados por asteróides com mais de 10 quilômetros de diâmetro e ocorrem em média a cada 100 milhões de anos.

De todos os objetos próximos que podem cruzar a órbita da Terra, os maiores são o asteróide Sísifo, com 8 quilômetros de diâmetro e Toutatis, com 5.4 quilômetros.



Fotos: No topo, concepção artística mostra um hipotético choque contra a Terra. Acima, imagem de alta resolução feita no dia 23 de julho de 2009 pelo telescópio espacial Hubble mostra a cicatriz negra provocada pelo impacto de um objeto - provavelmente um cometa - contra a atmosfera de Júpiter no dia 19 de julho de 2009. Créditos: Apolo11.com/Esa/Nasa/Space Science Institute).

O RELEVO E SEUS AGENTES MODELADORES

1.CONCEITO:
O relevo terrestre pode ser definido como as formas da superfície do planeta.
O relevo se origina e se transforma sob a interferência de dois tipos de agentes:os agentes internos (ENDÓGENOS) e externos (EXÓGENOS).

- endógenos: vulcanismo e tectonismo;
- exógenos: intemperismo e a antropicidade (o fator humano).

Simplificando, o relevo é o conjunto das formas da crosta terrestre, manifestando-se desde o fundo dos oceanos até as terras emersas, e é resultado da ação de forças endógenas, ou exógenas. Encontramos formas diversas de relevo: montanhas, planaltos, planícies, depressões, cordilheiras, morros, serras, inselbergs, vulcões, vales, escarpas,
abismos, etc.

2. AGENTES MODELADORES DO RELEVO

O relevo terrestre é o resultado da ação da erosão que agiu no decorrer de milhões de anos. Essas forças erosivas são chamadas agentes do relevo. Quando essas forças ou agentes agem de dentro para fora da Terra, são denominados agentes modeladores internos(endogenos), como o tectonismo, o vulcanismo e os abalos sísmicos. Quando ocorrem da atmosfera para a litosfera, isto é, de fora para dentro da superfície, temos os agentes modeladores externos (exógenos) do relevo, como: as chuvas (ação pluviométrica), o gelo (ação glaciar), mares (ação marítimica), rios (ação fluviométrica ou hidrométrica), animais e vegetais (ação biológica)e o próprio homem (ação antrópica) que altera (construindo e/ou reconstruindo) a superfície do planeta.

3. INTEMPERISMO OU METERIORIZAÇÃO

Meteorização ou intemperismo é um conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que atuam sobre as rochas provocando sua desintegração ou decomposição.

A rocha decomposta transforma-se num material chamado manto ou regolito, um resíduo que repousa sobre a rocha matriz, sem ter ainda se transformado em solo.

As rochas podem partir-se sem que se altere sua composição: é a desintegração física ou mecânica. Nos desertos, as variações de temperatura entre os dias e as noites acabam por partir as rochas.

Nas zonas frias, a água que se infiltra na rachadura das rochas pode congelar, se dilatar e partir a rocha, num processo denominado gelivação. O intemperismo químico acontece quando a água, ou as substâncias nela dissolvidas, reage com os componentes das rochas. Nesse processo, as rochas modificam sua estrutura química, sendo mais facilmente erodidas, com o material sendo levado pelos agentes de transporte (vento, chuva,rios).

O oxigênio que existe na água oxida os minerais que contêm ferro e forma sobre as rochas o que costumamos chamar de ferrugem. A ação da água sobre o granito, por exemplo, o converte em quartzo e argilas. Ação das águas das chuvas

Quando as chuvas caem sobre a Terra, suas águas podem seguir três caminhos: evaporar-se, indo para a atmosfera; infiltrar-se no solo para dentro do lençol freático; e escorrer pela superfície da Terra, sob a forma de enxurradas e torrentes. São um dos mais eficazes agentes de erosão.

4. PRINCIPAIS TIPOS DE RELEVO


4.1 PLANÍCIES

Superfícies pouco acidentadas, mais ou menos planas, geralmente situadas a poucos metros do nível do mar, mas que podem ocorrer em altitudes maiores.
Os processos de sedimentação superam os processos de erosão.São áreas de relevo relativamente recentes.

As planícies podem ser classificadas em:

A) COSTEIRAS OU MARINHAS: Próximas aos oceanos

B) CONTINENTAIS
Planície Lacustre - (Próxima a lagos)
Planície de Piemonte - Nas encostas de montanhas
Planície aluvional ou fluvial -(Próxima a rios)

4.2 PLANALTOS:Apresentam superfícies irregulares ou mais ou menos planas. Os processos de erosão predominam e superam os de sedimentação.Situam-se acima de 200 m, podendo ultrapassar os 2 mil metros de altitude. Em suas bordas, aparecem escarpas ou cuestas, comumente chamadas de serras.
EX:Planaltos residuais de Franca - SP / Escarpas – Timor Leste/ Cuestas - Japão

4.3 MONTANHAS: Maiores elevações do relevo terrestre. São constituídas de agrupamentos de morros e vales. Conforme sua formação, podem ser jovens (formadas no Terciário), portanto mais elevadas velhas (constituídas em eras mais antigas), apresentando-se mais rebaixadas.

EX: Monte Everest - Nepal (CHINA) / Montanhas Rochosas - EUA/ Serra do Mar- BRASIL

4.4 DEPRESSÕES: Áreas rebaixadas em relação à regiões circunvizinhas.
Encontradas próximas a planaltos


- DEPRESSÕES RELATIVAS – situam-se abaixo do relevo circundante, mas acima do mar. Apresentam altitudes entre 100 e 500 metros ou mais.

Ex.: Vale do Paraíba do Sul


- DEPRESSÕES ABSOLUTAS – se situam abaixo do nível do mar.
Ex.: Mar Morto