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sábado, 3 de abril de 2010

Terremotos: Turquia tenta se preparar para o Big One

Dois grandes terremotos ocorridos por movimentos tectônicos distintos 
fizeram o começo de 2010 entrar para a história. 
Em dois meses, o mundo acompanhou atônito duas enormes tragédias. 
O abalo de 7 graus de magnitude no Haiti em 12 de 
janeiro foi provocado 
pelo deslizamento das placas Caribenha e Norte-Americana 
e deixou pelo
menos 230 mil mortos. 
O terremoto de 8.8 graus do Chile em 27 de fevereiro foi o segundo mais forte 
do país e aconteceu com devido ao mergulho da placa de Nazca abaixo 
da placa Sul-Americana. Por sua localização, mais afastado da costa, 
o número de vítimas fatais foi inferior ao do Haiti, não ultrapassando mil 
pessoas. 
 



Vista 
panorâmica da cidade de Istambul
Vista panorâmica da cidade de Istambul















O Haiti convive com inúmeros problemas decorrentes do terremoto 
de janeiro e o Chile vai precisar de pelo menos três anos para 
reconstruir as cidades mais atingidas.
Outras diversas partes do mundo vivem a mesma vulnerabilidade e 
a incerteza de quando um grande abalo irá acontecer. 
Algumas localizações são mais propensas a terremotos e esperam por eles. 
A falha de San Andreas, na Califórnia, é uma dessas zonas e aguarda 
ao que os estudiosos chamam de “Big One”, ou "O Maior".

Turquia
Concentrando grandes esforços para minimizar os danos de um 

intenso terremoto, a Turquia vem se preparando também para o seu
“Big One”. 
O país está sobre a falha de Anatólia do Norte, uma região semelhante 
à falha 
de San Andreas e extremamente frágil. Ali, no último dia 8 de março, um 
terremoto moderado de 5,9 graus de magnitude no leste da Turquia deixou 
51 mortos.
Istambul, capital européia do país, convive com contrastes, analisa 
Mustafa Erdik, diretor de um instituto de engenharia de terremotos da 
cidade. 
Erdik liderou um estudo onde mapeou uma situação na qual um 
terremoto poderia matar de 30 a 40 mil pessoas e ferir 120 mil.




Falha de Anatólia
 

















Contrastes
Existe o lado moderno da cidade com construções já preparadas 

para suportar um grande terremoto, como o imenso terminal do aeroporto.
No entanto, dezenas de milhares de prédios por toda a metrópole 
não estão preparados para fortes tremores. A população saltou de 
1 milhão para 
10 milhões em 50 anos e os edifícios foram construídos às pressas sem
preocupação e com uso de materiais de baixa qualidade. 
Os monumentos antigos de Istambul também estão na lista da destruição.
Em 1999, um terremoto na cidade de Izmit, a 80 quilômetros de 
Istambul matou 18 mil pessoas, sendo mil nos arredores da cidade 
e aconteceu exatamente na falha de Anatólia do Norte, que passa sob 
o Mar de Mármara. Um levantamento geológico dos Estados Unidos 
identificou um padrão de sismos sucessivos nesta falha semelhante 
ao da falha de San Andreas, na Califórnia.

Plano de Emergência
A equipe de Erdik e pesquisadores de três outras universidades

da Turquia elaboraram um plano mestre para terremotos colocando
Istambul entre as cidades do mundo que estão tentando se 
antecipar ao risco. Uma exceção ao lado de cidades mais ricas 
como Los Angeles e Tóquio.
Na prática são códigos de construção mais rígidos, seguro 
obrigatório contra terremoto e empréstimos de bancos de 
desenvolvimento internacionais para reforço ou substituição 
de escolas e outros prédios públicos. Em bairros pobres, 
também há um trabalho com o treinamento de dezenas de 
equipes de voluntários em bairros pobres, a entrega de kits 
de primeiro socorros e equipamentos como rádios e pés-de-cabra.
Na previsão de um grande terremoto no país, 30 mil linhas de 
gás natural provavelmente vão se romper gerando mais de 
3 mil focos de incêndio, alerta Mahmut Bas, que lidera o 
Departamento de Terremoto e Análise do Solo de Istambul. 
Ainda assim, os esforços em manter em pé postos do corpo 
de bombeiros, hospitais e escolas são prioridade nos planos 
emergenciais do país.


Fotos: No topo, vista panorâmica da cidade de Istambul, 

às margens do Estreito de Bósforo, principal ligação entre 
a Àsia e a Europa. Acima, gráfico comparativo mostra a 
semelhança entre as falhas de Anatólia do Norte e falha de 
San Andreas, na costa da Califórnia. Os valores apresentados 
indicam a movimentação relativa anual entre as falhas. 
Créditos: Wikimedia Commons/USGS/Apolo11.com.
 
Fonte: Apolo11 - http://www.apolo11.com/terremotos_globais.php?posic=dat_20100309-184831.inc

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