Físicos querem aumentar colisões de partículas dentro do LHC
Um dia depois de uma das mais importantes experiências da história da ciência, a colisão de prótons utilizando o maior acelerador de partículas do mundo simulando o momento do Big Bang, os cientistas querem mais. Nesta quarta-feira (31), físicos da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (Cern, em francês), aumentaram a meta de colisões de prótons e querem saltar de 50 para 300 choques por segundo.
LHC - ACELERADOR DE PARTÍCULAS
conseguiram promover choques de 7 trilhões de elétron-volts (7 TeV),
e se aproximaram muito do que
pode ter ocorrido na grande explosão que deu origem ao Universo
há 13,7 bilhões de anos.
Os testes ocorreram no Cern, na fronteira da Suíça com a França
e foi acompanhado com enorme entusiasmo.
Dentro de um túnel de 27 km a 100 metros abaixo da superfície,
os prótons foram acelerados na velocidade da luz e deram 11 mil
voltas por segundo. Agora,
os resultados poderão ser analisados por milhares de cientistas.
Novas provas vão continuar até o final de 2011 que vem quando
serão suspensas por um ano para que o Grande Colisor de
Hádrons (LHC) seja então preparado
para outras colisões ainda mais ousadas.
"Estamos nos aproximando de fronteiras científicas cada vez
mais novas", declarou um porta-voz do Cern, James Gillies.
O LHC começou a simular a origem do Universo em setembro de
2008, mas por causa de um problema de superaquecimento parou
de funcionar em dez dias. O Grande Colisor de Hádrons ficou parado
por 14 meses e voltou a operar em 21 de novembro de 2009.
A grande experiência da colisão de prótons na velocidade da luz
dentro da gigantesca máquina era ansiosamente aguardada para
este ano.
Fim do mundo
Apesar da frustração dos alarmistas de plantão, que acreditavam
que a colisão entre os prótons criaria um pequeno buraco negro
com consequências catastróficas para a humanidade, alguns ainda
mantêm a esperança de que o pior ainda esteja por vir.
Um deles é o físico americano Walter Wagner, um dos maiores
oponentes ao experimento. De acordo com Wagner, os pequenos
buracos negros não se formariam com velocidades abaixo de
8 Tev (Tera Eletron-volts), mas apenas quando o acelerador
atingir à velocidade máxima de 14 TeV para o qual foi projetado.
De acordo com o cronograma, o LHC deve funcionar por dois anos
sem interrupção a 7 TeV. Em seguida será desligado por alguns
meses e só depois disso é que retornará à operação, até que o
objetivo de colisões a 14 TeV seja alcançado.
Em 2008, Wagner entrou na justiça do Havaí para suspender
as operações do acelerador de partículas. O motivo alegado era
falhas na documentação que atestaria a segurança do equipamento.
O pedido foi negado pela justiça havaiana, já que a participação
americana no LHC não é suficiente para que a justiça do país possa
interferir no andamento do projeto.
Foto: No topo, imagem de parte do maior acelerador de partículas do mundo,
o Grande Colisor de Hádrons (LHC). Em 30 de março de 2010, uma experiência
inédita conseguiu simular através do choque de partículas o momento do
Big Bang, a grande explosão que deu origem ao Universo. Agora, os
cientistas querem aumentar a meta de colisões de prótons de 50 para
300 choques por segundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário