Uma das maiores tragédias ambientais dos Estados Unidos e do mundo completou dois meses no último domingo, dia 20, sem desfecho até o momento. O Governo dos Estados Unidos calcula que a já foram derramados 160 milhões de litros de petróleo no mar, depois que a plataforma petrolífera da British Petroleum (BP) explodiu e afundou no Golfo do México no mês de abril.
A imagem de satélite divulgada recentemente pela agência espacial americana, Nasa, mostra o caminho do óleo em curvas de tons cinza e marrom. Pela cena é possível ver que a mancha ainda está muito próximo da costa da Flórida, Alabama e até do Mississipi.
É possível observar na parte inferior da imagem a localização do vazamento. A fumaça preta que sai da região representa o óleo e o gás, que continua sendo capturado e depois queimado como parte dos esforços para tentar conter a enorme mancha que se espalhou pelo mar.
Esta e outras imagens de alta resolução foram capturadas pelo Espectro-Radiômetro de Resolução Moderada, MODIS, a bordo do satélite de sensoriamento remoto Terra. O satélite captura imagens no Golfo do México duas vezes por dia.
Nesta segunda-feira, 21, a British Petroleum divulgou que seus gastos estão em US$ 2 bilhões em diversas ações para tentar conter o vazamento e dar uma resolução para o caso.
A BP afirma que já pagou US$ 105 milhões para 32 mil afetados pela tragédia e anunciou a criação de um fundo com mais 20 bilhões de dólares para indenizar as vítimas norte-americanas.
Nova Tecnologia
Agora, uma nova tecnologia deverá ser testada utilizando 32 máquinas de separação de óleo. São aparelhos desenvolvidos pela Ocean Therapy Solutions, de propriedade do ator Kevin Costner, que utiliza uma tecnologia de centrífuga, armazenando o óleo em tanques e devolvendo a água com quase 100% de pureza. Segundo a empresa, os aparelhos são capazes de limpar 800 mil litros de água suja por dia.
Foto: Imagem captada no dia 19 de junho de 2010 pelo satélite de sensoriamento remoto Terra, da Nasa, mostra a extensão da mancha de óleo próxima à costa da Flórida, do Alabama e do Mississipi, na costa norte-americana, no Golfo do México. A tragédia ambiental completou dois meses ainda sem resolução. Crédito: Nasa/Modis Rapid Response Team.