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domingo, 3 de abril de 2011

BIOMAS BRASILEIROS - PARTE 4

1. Zona Costeira-Mangues






A Zona Costeira brasileira é extensa e variada. O Brasil possui uma linha contínua de costa com mais de 8 mil quilômetros de extensão, uma das maiores do mundo. Ao longo dessa faixa litorânea é possível identificar uma grande diversidade de paisagens como dunas, ilhas, recifes, costões rochosos, baías, estuários, brejos e falésias.

Dependendo da região, o aspecto é totalmente diferente do encontrado a poucos quilômetros de distância. Mesmo os ecossistemas que se repetem ao longo do litoral - como praias, restingas, lagunas e manguezais - apresentam diferentes espécies animais e vegetais. Isso se deve, basicamente, às diferenças climáticas e geológicas.

O litoral amazônico, que vai da foz do Rio Oiapoque ao Rio Parnaíba, é lamacento e tem em alguns trechos mais de 100 km de largura. Apresenta grande extensão de manguezais, assim como matas de várzeas de marés. Jacarés, guarás e muitas espécies de aves e crustáceos são alguns dos animais que vivem nesse trecho.

O litoral nordestino começa na foz do Rio Parnaíba e vai até o Recôncavo Baiano. É marcado por recifes calcáreos e arenitos, além de dunas que, quando perdem a cobertura vegetal que as fixa, movem-se com a ação do vento. Há ainda nessa área manguezais, restingas e matas. Nas águas do litoral nordestino vivem tartarugas e o peixe-boi marinho, ambos ameaçados de extinção.

O litoral sudeste segue do Recôncavo Baiano até São Paulo: a área mais densamente povoada e industrializada do país. Suas áreas características são as falésias, recifes, arenitos e praias de areias monazíticas (mineral de cor marrom escura). É dominado pela Serra do Mar e tem a costa muito recortada, com várias baías e pequenas enseadas. O ecossistema mais importante dessa área é o das matas de restingas. Nessa parte do litoral é possível encontrar espécies como a preguiça-de-coleira e o mico-sauá, dois animais ameaçados de extinção.

O litoral sul começa no Paraná e termina no Arroio Chuí, no Rio Grande do Sul. Cheio de banhados e manguezais, o ecossistema da região é riquíssimo em aves, mas há também outras espécies: ratão-do-banhado, lontras, capivaras etc.

Há muito ainda para se conhecer sobre a dinâmica ecológica do litoral brasileiro. Complexos sistemas costeiros distribuem-se ao longo, fornecendo áreas para a criação, crescimento e reprodução de inúmeras espécies de flora e fauna.


 AMEAÇAS


Grande parte da zona costeira brasileira está ameaçada pela superpopulação e por atividades agrícolas e industriais. É aí, seguindo essa imensa faixa litorânea, que vive mais da metade da população brasileira.

Isto é, a integridade ecológica da costa brasileira acaba pressionada pelo crescimento dos grandes centros urbanos e, conseqüentemente, pela poluição, pela especulação imobiliária sem planejamento e pelo enorme fluxo de turistas. A ocupação predatória vem ocasionando a devastação das vegetações nativas, o que leva, entre outras coisas, à movimentação de dunas e até ao desabamento de morros.


O aterro dos manguezais, por exemplo, coloca em perigo espécies animais e vegetais, além de destruir um importante "filtro" das impurezas lançadas na água. As raízes parcialmente submersas das árvores do mangue espalham-se sob a água retendo sedimentos e evitando que eles escoem para o mar.

Alguns mangues estão estrategicamente situados entre a terra e o mar, formando um estuário para a reprodução de peixes. Já a expulsão das populações caiçaras está acabando com uma das culturas mais tradicionais e ricas do Brasil.

Outra ação danosa é o lançamento de esgoto no mar, sem qualquer tratamento, e as operações de terminais marítimos que vêm provocado o derramamento de petróleo, entre outros problemas graves.




 2. Zonas de Transição




Entre a Amazônia e o Cerrado está localizada a Mata Seca, ou floresta mesófila semidecídua. Representa uma forma florestal de manchas inclusas com características comuns do Cerrado, sendo por vezes contornadas ou ladeadas por manchas desse bioma.

Quase sempre seus maciços ocorrem em locais afastados dos cursos de água ou da umidade permanente, em terrenos ondulados ou planos. No entanto, os maciços tornam-se menos freqüentes nos declives e dorsos das elevações acentuadas.

O babaçu (Orbygnia phalerata mart) é uma palmeira nativa das regiões norte e nordeste do Brasil. Compõe extensas florestas, ocupando áreas onde a floresta primária foi desmatada. Além do nome babaçu, também é conhecida por bagassú, aguassú e coco de macaco. Ocorre em uma zona de transição entre as florestas úmidas da bacia amazônica e as terras semi-áridas do Nordeste brasileiro.

O clima nessa área é bem mais úmido do que na Caatinga, com vegetação mais exuberante à medida em que se avança para o oeste. A vegetação natural é a mata dos cocais, onde se encontra a palmeira babaçu, da qual é extraído óleo utilizado na fabricação de cosméticos, margarinas, sabões e lubrificantes. A economia local é basicamente agrícola, predominando as plantações de arroz nos vales úmidos do estado do Maranhão. Na década de 80, no entanto, teve início o processo de industrialização da área, com a instalação de indústrias que constituem extensões dos projetos minerais da Amazônia.

Já na transição entre o Cerrado e a Caatinga pode observar-se uma vegetação mais rica que a da Caatinga, com florestas de árvores de folhas secas. Naturalmente, o clima é mais seco que o do Cerrado, com solo mais ressecado e períodos mais intensos sem chuva. A maior parte desta área está na fronteira do Cerrado com o sertão, no interior de estados nordestinos


Bom dia a todos os amigos do Impactogeo!

Com esse post encerro a temática acerca dos Biomas Brasileiros, sempre incentivando a todos que preservem, dentro de suas possibilidades, essa enorme biodiversidade existente em nosso território, que denunciem às autoridades qualquer das ameaças que procurei citar, pois somente dessa maneira podemos evitar um desastre ambiental que afetará as futuras gerações.

Com pequenas ações sempre conseguiremos deter esse avanço desenfreado do homem sobre a natureza que nos cerca. Temos que utilizar a natureza de forma sustentável, para que possamos deixar para nossos filhos, netos e demais descendentes um planeta possível de sobrevivência.

Continuem acompanhando o Impactogeo, pois nos próximos posts teremos temas importantíssimos para quem vai fazer ENEM e demais vestibulares.

Um abraço e até o nosso próximo encontro!

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